segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Aniversário

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O 101º do Benfica. Ou melhor, segundo a imprensa, porque o Sport Lisboa e Benfica só surgiu em 1906 com a fusão de dois clubes, mas eles que fiquem com a roda da bicicleta.
Hoje jogam as minhas duas equipas favoritas. Como devem saber, a minha equipa favorita é o Porto (Sou Portista desde que nasci) e a minha segunda equipa é aquela que joga contra o Benfica (Sou anti-benfiquista desde que nasci), pelo que hoje a vitória contará a dobrar.
O anti-benfiquismo, que para muitos é algo criticável como uma heresia contra a pátria surge por exemplo quando passo os olhos pelo "Portugal no Coração" de hoje, onde nos 5 minutos que vi fez-se um hino a esse clube que não ganha no Porto há 14 anos e que nunca venceu no Dragão.
Apoio as equipas estrangeiras que jogam contra o Benfica como grandes amigos meus choraram de tristeza no dia em que o Porto venceu a Taça UEFA e não deixaram de ser grandes amigos por causa disso. O futebol tem a importância que tem, não é por torcermos pelos estrangeiros que o nosso país será melhor do que aquilo que é. Não me faz impressão ver os benfiquistas a torcer pelo Inter, é algo normal, mas faz-me impressão a diferença de tratamento dada pelos media. Aí sim, existe anti-patriotismo, agora ao gozarmos o pobre de um benfiquista por perder contra um CSKA de Moscovo faz parte do dia-a-dia de qualquer portista desde 1994.

Imagens

Serra da Cabreira



Rio Ave (Quem diria)



Cascata



Estalactites



Aldeia de Agra

Óbito

Peter Benenson, 1921-2005

Embora seja um pouco tarde, não quero deixar de lembrar a morte de Peter Benenson, fundador da Amnistia Internacional. Sou membro desta organização desde 1999, e embora não tenha o papel que desejaria ter, sinto que mais vale dar a pequena contribuição que dou do que não dar nada.
O que muitas pessoas não sabem é que Benenson fundou a Amnistia Internacional em 1961 porque dois estudantes portugueses gritaram "Viva a Liberdade" e foram presos. Excelente este contributo do Estado Novo para a História Mundial.

sábado, fevereiro 26, 2005

Bilhetes



Transcrevo e assino por baixo o comunicado:

COMUNICADO U2PORTUGAL//U2DOT//U2PT

"Hoje foram colocados à venda os bilhetes para o concerto nacional dos U2. As informações que chegam a toda a hora são de bilhetes esgotados nos pontos de venda que estavam abertos. Algo que tinhamos a certeza que iria acontecer. As informações que fomos reunindo ao longo do último mês apontavam claramente para que isso acontecesse.

Infelizmente não pelas melhores razões.

Respondendo ao pedido de centenas de pessoas que fazem parte das comunidades representadas pelos nossos sites, decidimos expor algumas que achamos importantes, porque a situação actual mancha o bom nome da banda que nós tanto gostamos:


1.Lamentamos a falta de organização na venda de bilhetes. A promotora foi incapaz de informar correctamente as pessoas de onde e como os bilhetes iriam ser vendidos. Nos últimos dias fomos obrigados a actualizações quase constantes dos nossos sites porque a informação que nos chegava era incompleta ou contraditória.

2.Lamentamos que a venda de bilhetes não tenha sido extendida a todo o pais. O promotor do espectáculo afirmou recentemente que a venda dos bilhetes seria extendida a todo país (incluindo regiões autónomas) através de rede MULTIBANCO. Na realidade o número de bilhetes vendidos pela rede MULTIBANCO foi simplesmente rídiculo impedindo assim que milhares e milhares de portugueses tivessem pelo menos a possibilidade de tentar obter bilhetes. O número é tão ridiculo que nos sentimos à vontade para dizer que a afirmação "os bilhetes estarão à venda no MULTIBANCO" é mentira. As outras alternativas estavam localizadas em Lisboa. Mais uma vez o número de bilhetes era tão pequeno que os bilhetes rapidamente esgotaram.

3.Lamentamos que este concerto tenha sido tornado pelo promotor um bom exemplo de concerto corporativista. Os U2 não aceitam patrocinios para os concertos. No entanto e pegando nas palavras do promotor na conferência de imprensa que deu na passada terça-feira, cerca de 50% dos bilhetes foram para uma gasolineira. Para chegarem a esses bilhetes é necessário ter um cartão de membro da BP com 1200 pontos... 1200 litros de gasolina. 50% dos bilhetes! Ou seja, com esta medida estão a utilizar o nome dos U2 para vender gasolina.

A mesma situação se passou com outro retalhista. Foi anunciada a venda de bilhetes apenas a quem tivesse cartão de membro da FNAC. É certo que acabaram por recuar e vender ao público em geral. Entretanto conseguiram vender milhares de novos cartões... utilizando o nome dos U2.

4.O site que fez a pré-venda para os membros do fã-clube oficial dos U2, tem nos últimos dias bombardeardo as pessoas com publicidade enganosa, anunciando a venda dos bilhetes, quando até ao momento isso não acontece. Os membros do fã-clube oficial tiveram que pagar 62€ por cada bilhete para a relva. Uma taxa exorbitante. Sabemos que realmente serão postos à venda. Pelo número que apuramos esgotará em alguns minutos.

5.A Promotora do espectáculo aceitou pré-reservas antes da venda ao "público". A U2Portugal, o U2Dot e o U2Pt, tiveram oportunidade de reservar perto de 400 bilhetes para o espectáculo. Há largos meses que mantemos contacto com o promotor, que nos garantiu, desde então, que teriamos direitos a bilhetes. Estes bilhetes foram acrescidos de uma taxa de 5€... uma ninharia comparado com a tristeza e desilusão dos muitos milhares que não conseguiram bilhete ainda. Tivemos o cuidado de limitar o número de bilhetes a dois por membro e todos os bilhetes serão entregues em mão com os compradores devidamente identificados. Os "nossos" bilhetes não vão para sites de leilões, agências de viagens espanholas, nem vão ser vendidos à porta do estádio de Alvalade.

Esta regalia a que os nossos grupos tiveram direito foi extendida a diversas empresas e particulares. Bastava telefonar e pedir para reservar bilhetes. Estamos a falar de milhares de bilhetes que voaram mesmo antes de terem sido postos à venda. Gostariamos de saber que tipo de controlo houve para que os bilhetes não acabassem no mercado negro?


Depois de esclarecidos estes pontos, gostariamos que alguém nos dissesse quantos bilhetes sobraram para o público. Aquele público que não tem cartões de gasolineiras.

Quantos bilhetes estão acessiveis a residentes na Madeira, nos Açores ou em Portugal para além de Lisboa, Porto, Faro, Aveiro, Setúbal, Gaia e Braga? Se todas os locais de venda praticamente não tinham bilhetes de Relvado para vender, onde estão eles?

Perante este cenário só nos resta fazer uma exposição ao promotor da banda, para que os U2 tenham conhecimento de como o seu concerto foi vendido.

Como fãs somos os primeiros a querer estar no dia 14 de Agosto a ver o concerto. Como cidadãos, somos iguais aos outros. Não nos queixamos apenas por nós. Queixamo-nos por todo aquele Portugal que não teve sequer hipótese de tentar comprar um bilhete. Por toda a Europa a procura por estes bilhetes tem sido enorme e a oferta pouca. Em Portugal a oferta é praticamente inexistente.

Ficamos contentes pelo facto de o promotor estar a tentar fazer uma segunda data com os U2. Esperemos que se torne uma realidade. E que desta vez todo o país tenha acesso à totalidade dos bilhetes."

Enfim, o que poderei dizer?
Bilhetes a 54€, por si só é bastante caro, depois uma venda com comissão e em locais como bombas de gasolina. Chama-se a isto dinheiro fácil.
Porque não venderam todos os bilhetes por multibanco? Não existiam filas, ninguém dormia ao relento, todos os cidadãos do país teriam acesso e seria fácil limitar 2, 3 ou 4 bilhetes por cada conta.
A resposta é fácil, porque não roubavam, porque era justo. E como estamos em Portugal..

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Impossível

bilhete

Arranjar um bilhete para os u2 parece impossível. A não ser que se durma ao relento numa bomba da BP com 1200 Pontos. De qualquer forma vender bilhetes só a quem tem cartão FNAC ou BP é um atentado a quem realmente gosta da banda. De referir ainda o que aconteceu as 14h em todas as caixas multibanco. O colapso total que só agora ao fim da tarde se resolveu.
Quanto a mim, quando dormi ao relento nas Antas até arranjar um bilhete para Sevilha disse que era só uma vez na vida, por isso não irei dormir para nenhuma bomba de gasolina da Via Norte. Mas se alguém me quiser arranjar um, compro-o com muito gosto!

CDUP



O Centro Desportivo Universitário do Porto é uma instituição com mais de 50 anos que se encontra nas ruas da amargura. A Universidade do Porto deixou de subsidiar o Centro porque diz que não deve existir desporto federado na Universidade. No entanto, o deporto universitário no Porto encontra-se muito aquém do que é praticado nas outras universidades do país. Más condições de prática desportiva, maus resultados, etc.
Em vez de se procurar uma boa solução para reabilitar o espaço do CDUP inventa-se uma nova instituição, de nome GADUP para a utilização de equipamentos da FCDEF nas poucas horas livres. Do outro lado da cidade, um estádio e um pavilhão vão caindo aos bocados à espera que seja construido um condomínio fechado de luxo com vista sobre o rio. É nestas pequenas coisas que se vê o poder dos empreiteiros.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Esperança

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Afinal o Internazionale é apenas um Nacional da Madeira internacional.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Portugal

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Se eu me acreditasse que tudo iria mudar com estas eleições seria um homem muito mais feliz.
Se me acreditasse que iriamos deixar de pertencer ao terceiro mundo onde sempre estivemos e passássemos para o nível tecnológico da Finlândia, seria o tal homem feliz.
Mas apenas com 23 anos já sei que iremos continuar a ser o país que não exporta e a que só falta contratar os políticos de Espanha e a cortiça da China. Vamos continuar a viver na Terra dos Trolhas.
Um país que vive da construção civil só pode ansiar para o futuro o presente que tem. Enquanto os empreiteiros estiverem por detrás de todos os políticos, do primeiro-ministro ao presidente da junta, a nossa evolução irá ser sempre a do betão. Por muito que mudem os votos, o desenvolvimento do país é pensado nas cabeças dos empreiteiros.

domingo, fevereiro 20, 2005

Enfim








Nada de surpreendente ao fim das eleições. Nem mesmo as demissões da direita. Penso que não valerá a pena falar muito, não vou dizer nada de novo. Vamos lá ver onde nos leva este tsunami rosa.

Portugal

A imagem “http://catedral.weblog.com.pt/arquivo/blog/catedral.weblog.com.pt/arquivo/bandeira-1.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
Mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser
assim?...

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser
assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Notas

Assembleia da República - 20-Fev-2005

Todas as entrevistas aqui publicadas estão numa forma mais user-friendly no site do Amigos do Mindelo. Lá também se encontram os programas eleitorais dos partidos e o ranking das palavras derivadas de sustentável que fiz há dias. Será bastante inportante consultar esse site.
No Primeiro de Janeiro está um artigo que escrevi a tentar sintetizar estas entrevistas. O facto de as colocar aqui serve para permitir os comentários dos leitores e possível leitura e resposta dos candidatos.

Legislativas 2005




"Entrevista" a Lúcio Ferreira

Esclareço que as questões que se prendem com a ROM e com a sua classificação com o estatuto de área protegida merecem atenção especial no programa eleitoral do nosso partido, sobre cujo pormenor tive o cuidado de me pronunciar em sede de elaboração do documento distrital e será seguramente uma causa que defenderei se for eleito deputado.

Quanto às demais questões colocadas remeto para o programa e posições oficiais do partido, que subscrevo.



Entrevista a Miguel Paiva

1ª Parte: Agir Local

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do concelho?

É conhecida a situação deplorável em que se encontram os cursos de água de Vila do Conde, fruto da ausência absoluta de qualquer política de tratamento de efluentes domésticos e industriais por parte da nossa autarquia. Este facto contribui para que o ambiente em Vila do Conde se tenha vindo a degradar fortemente, ainda que tendo havido a preocupação de criar uma imagem citadina agradável, que mais não serve senão para esconder as misérias conhecidas. Por outro lado, não há uma política de desenvolvimento urbanístico devidamente planeada e que articule crescimento e construção, com protecção paisagística e valorização de espaços agrícolas, florestais e de interesse ambiental.

P: No caso de ser eleito deputado o que fará para os resolver?

Um importante contributo da Assembleia da República será a aprovação de legislação que enquadre e apoie o licenciamento das explorações agrícolas, uma justa preocupação dos nossos agricultores, aspecto ao qual dedicarei atenção. Irei também estar atento e colaborar para que as regulamentações de protecção ambiental sejam cumpridas, ajudando a criar condições para que o nosso concelho avance definitivamente para a construção de Estações de Tratamento de Águas Residuais. Outro aspecto importante prende-se com a necessidade de serem respeitadas os documentos de ordenamento do território.

Quais são as suas ideias sobre as 3 maiores preocupações dos Vilacondenses expressas no fórum do Futuro sustentável:

1- Falta de sensibilização e Educação ambiental

Este é um aspecto fundamental. Para que essa sensibilização possa ser conseguida é necessário o envolvimento das autarquias locais, do poder central, mas também dos cidadãos, seja directamente, seja através de movimentos ambientalistas ou outros. Porque acredito que o caminho da sensibilização e educação ambiental é o único que nos pode conduzir a bons resultados em termos de protecção e salvaguarda do ambiente, contribuirei activamente para que essa acção coordenada tenha lugar.

2- Reserva Ornitológica de Mindelo

O ICN definiu já que a ROM é um espaço de interesse ambiental de âmbito local. Como Deputado, procurarei sensibilizar a autarquia para que avance o mais rapidamente possível com o respectivo pedido de classificação. Além disso, irei procurar conseguir sensibilizar o Governo para que venha a auxiliar financeiramente Vila do Conde no projecto que lá venha a ser implementado após a respectiva classificação.

3- Impactos do tráfego automóvel

O tráfego automóvel tem dois tipos de problemas: a poluição e o congestionamento das vias, quando não há a visão capaz de planear atempadamente a sua evolução. Quanto à poluição, é necessário continuar a busca por combustíveis alternativos aos derivados do petróleo e a diminuição das emissões actuais. Quanto ao congestionamento das vias, é necessário que a autarquia, em conjunto com o Governo possam encontrar soluções para melhorar a situação em Vila do Conde. No entanto, é justo reconhecer que os problemas que os Vilacondenses sentem são essencialmente resultado da ausência de visão estratégica da nossa autarquia, que nunca criou um plano articulado de mobilidade no concelho, com a construção de vias estruturantes, mas também fomentando a articulação com uma rede de transportes colectivos, seja rodoviários, seja ferroviários.

2ª Parte - Pensar Global/Nacional

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do país?

Portugal tem níveis de poluição dos cursos de água demasiado elevados por falta de tratamento dos efluentes. Além disso somos um país que desperdiça imensa energia, quer seja ao nível doméstico, pelo tipo de construção, seja mesmo em termos industriais. Preocupa-me também a gestão dos recursos hídricos, pois há uma fatia do nosso território que poderá vir a sofrer graves problemas a prazo se nada for entretanto preparado. Um aspecto ao qual sou particularmente sensível é à gestão da nossa floresta, que considero ser uma das maiores riquezas deste país e que urge cuidar e potenciar.

P: Que propostas e prioridades tem o seu partido neste campo?

O programa eleitoral do PSD enuncia o objectivo de conseguir com serviço público de saneamento básico passe dos actuais 73% para 90%. Pretendemos também promover a alteração dos padrões de consumo e produção, incentivando, por exemplo, as empresas à obtenção do rótulo ecológico europeu e ao registo no Sistema Europeu de Ecogestão e Auditoria.

Quanto à floresta, propomo-nos implementar os instrumentos de ordenação e gestão florestal como os Planos Regionais de Ordenamento Florestal, operacionalizando instrumentos de gestão financeira inovadores, como o Fundo de Investimento Florestal. Além disso, iremos reforçar o sistema de vigilância e combate a fogos florestais, incorporando a experiência passada.

3ª Parte: Análise ao Programa Eleitoral

P: Um dos 10 compromissos do PSD refere-se a garantir a conservação e valorização do meio ambiente nomeadamente:

- População com serviço público de saneamento básico de 73% para 90%

- Níveis de emissões de C02 (base 1990 (de 141% para 127%))

Que medidas tomarão para atingir este objectivo?

As medidas para que estes objectivos sejam alcançados estão integradas no Plano Nacional para as Alterações Climáticas que foi aprovado pelos Governos do PPD/PSD-CDS/PP.

P: No programa eleitoral há a proposta de um modelo de financiamento autárquico sustentável que diminua a ligação directa entre receitas e promoção imobiliária, mas no entanto não existe uma explicação para a nova forma de financiamento. Quais são as suas ideias/do seu partido para este problema?

A separação entre o financiamento autárquico e as receitas inerentes à promoção imobiliária é um aspecto fundamental para que a ocupação “selvagem” dos concelhos deste por empreendimentos de volumetrias desadequadas seja atacada definitivamente.

Há várias medidas que tem vindo a ser implementadas, nomeadamente o aprofundamento da reforma da tributação do património, iniciadas pelos dois Governos do PPD/PSD-CDS/PP, que contribuem para esse objectivo. Outro mecanismo que contribuirá neste sentido será a criação do Fundo de Compensação Fiscal, ou em alternativa o reforço do actual Fundo de Coesão Municipal, garantindo em qualquer dos casos o apoio a concelhos com menor capacidade fiscal e privilegiando projectos de requalificação dos espaços urbanos e naturais.

Legislativas 2005



Entrevista a Jorge Silva

1ª Parte: Agir Local

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do concelho?

Esgoto da Praia de Mindelo

P: No caso de ser eleito deputado o que fará para os resolver?

Tentava resolver o mais rápido possível. Já existe há doze anos e por causa dele as pessoas têm deixado de vir à praia de Mindelo devido a este problema.

Quais são as suas ideias sobre as 3 maiores preocupações dos vila-condenses expressas no fórum do Futuro sustentável:

1- Falta de sensibilização e Educação ambiental

Somos nós que fazemos o meio ambiente. Durante a semana nota-se que Mindelo se mantém limpo, mas ao sábado e ao domingo é que aparece sujo. Será um problema de educação ambiental das pessoas da terra? Ou será de quem a visita?

2- Reserva Ornitológica de Mindelo

Para ser sincero não me queria pronunciar

3- Impactos do tráfego automóvel

Há cada vez mais tráfego mas o Metro do Porto deverá resolver este problema. Se não for resolvido devem ser melhoradas as infra-estruturas a sul e a norte. Se não acontecer será insuportável.

2ª Parte - Pensar Global/Nacional

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do país?

Resguardar as florestas.

P: Que propostas e prioridades tem o seu partido neste campo?

Ninguém utiliza as florestas como deveria ser. A floresta não são só as árvores, também existem outras actividades económicas ligas a ela como a caça. Os militares durante os meses entre Maio e Setembro os militares deviam ajudar no combate aos fogos.

3ª Parte: Análise ao Programa Eleitoral

P: Qual a prioridade da política ambiental em relação às outras políticas?

Não sou especialista nesta área, mas existem pessoas no PND que saberão dar essas respostas.

P: Que alterações legislativas deverão existir nesta área tendo em vista o desenvolvimento sustentável?

Portugal deve sair do caos, devemos encontrar soluções para os seus problemas ambientais. O PND sugere duas alterações para facilitar as decisões políticas:

- Redução de deputados de 230 para 115

- Redução de 20 para 10 ministérios


Entrevista a Fernando Reis

1ª Parte: Agir Local

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do concelho?

Os principais problemas de Vila do Conde estão relacionados com:

· A poluição dos Rios (não só do Ave, como do Este, do Onda e da Ribeira de Silvares) e do Mar

· As vacarias que não têm um sistema de tratamento poluindo os recursos hídricos adjacentes

· A poluição atmosférica, já que em estudos recentes verificou-se que os problemas estão ao nível de Lisboa

· Falta de tratamento dos efluentes industriais, agrícolas e domésticos (Vila do Conde ainda não tem uma ETAR)

P: No caso de ser eleito deputado o que fará para os resolver?

O grande objectivo da CDU na próxima legislatura para o concelho de Vila do Conde é classificar a Reserva Ornitológica de Mindelo como Área de Paisagem Protegida.

Para além disso, exigiremos a despoluição dos rios através da construção de Estações de Tratamento e a extensão a todo o concelho das redes de abastecimento de água

Quais são as suas ideias sobre as 3 maiores preocupações dos Vilacondenses expressas no fórum do Futuro sustentável:

1- Falta de sensibilização e Educação ambiental

As pessoas em geral estão cada vez mais preocupadas com os problemas ambientais, até porque a natureza começa a pregar-nos partidas. Ainda há pouco tempo, na Ásia, o maremoto matou milhares de pessoas, e embora a origem deste não tivesse relacionada com causas humanas, a construção em zonas de risco fez com que os estragos tivessem uma dimensão tão grande.

A falta de sensibilização e educação ambiental, deve-se sobretudo a preocupações ligadas à própria sustentabilidade das pessoas que obrigam a deslocar prioridades para outros campos que têm mais que ver com o dia-a-dia, mas apesar de não existirem grandes campanhas de educação ambiental as pessoas, sobretudo as mais jovens, começam a olhar para estes problemas de outra forma

2- Reserva Ornitológica de Mindelo

A CDU tem uma perspectiva completamente diferente da generalidade dos partidos, sobretudo os que estiveram no governo, acerca da ROM.

O nosso objectivo é que todo o espaço da ROM que existe na actualidade seja para preservar. Aliás, este espaço já foi muito maior e ao longo do tempo foi sucessivamente ocupado por novas construções.

Há uma grande passividade relativamente ao que está a ocorrer. Existe um efeito cínico de "deixar andar" com o propósito de degradar a reserva e depois dizer que esta já não tem qualquer valor ambiental, para a construção invadir a zona.

Tanto o PS, como o PSD e o CDS/PP quando estiveram no governo nunca conseguiram resolver o problema porque os interesses privados na zona impedem sistematicamente a dotação do estatuto de Área de Paisagem Protegida. A Câmara Municipal de Vila do Conde é a grande responsável por este efeito de "deixar andar" colocando-se ao lado dos interesses privados.

3- Impactos do tráfego automóvel

As pessoas só pensam na sua própria situação sem pensar no impacto que estão a ter nos outros.

Se é certo que as pessoas deveriam utilizar transportes alternativos, o que acontece é que as alternativas não são dignas desse nome, por outro lado as estruturas viárias também não são adequadas, por exemplo a semaforização que provoca enormes filas de trânsito origina os problemas de poluição atmosférica que referi há pouco. Caso venham a existir portagens no IC1 este problema será repetido noutra zona do concelho.

Por fim, penso também ser necessário desviar certos tipos de veículos do centro da cidade.

2ª Parte - Pensar Global/Nacional

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do país?

Em primeiro lugar a forte erosão costeira, o mar avança cada vez mais e a construção em zonas de risco pode provocar grandes problemas no futuro.

A questão da poluição dos recursos hídricos também é importante, cada vez há mais água imprópria para o consumo em locais onde esta tinha uma óptima qualidade.

Deve existir uma nova política de tratamento dos resíduos sólidos. Actualmente existem processos tecnológicos amigos do ambiente que são muito mais adequados do que a co-incineração em cimenteiras.

Os problemas da extracção de inertes nos rios e na zona costeira também são problemas graves, nomeadamente o que acontece no Rio Douro.

Por fim, há que referir o facto da grande parte da população ainda não estar ligada a nenhuma Estação de Tratamento de Águas Residuais.

P: Que propostas e prioridades tem o seu partido neste campo?

A CDU pretende que se aja de forma integrada em todo país e não apenas na simples resolução de problemas pontuais de uma dada área.

3ª Parte: Análise ao Programa Eleitoral

P: O ambiente está incluído no eixo estratégico do desenvolvimento económico. Como funcionará a integração entre ambos? Não mereceria um eixo estratégico isolado?

A Economia e o Ambiente ao contrário do que possa parecer, não são indissociáveis, tendo uma ligação bastante forte.

A economia pode beneficiar bastante da qualidade do ambiente. O nosso país tem um potencial turístico bastante grande e só poderá atrair pessoas se o seu ambiente estiver bem cuidado.

Economia e Ambiente fazem parte da sociedade humana e devem por isso viver em conjunto. Por essa razão as empresas devem cuidar do ambiente, nomeadamente tendo ETAR's próprias para que não aconteça o problema do Rio Ave, onde foram investidos fundos públicos consideráveis e o rio continua poluído.

P: A primeira das medidas concretas da CDU tem que ver com a concretização de um quadro legislativo que encare o solo e os recursos naturais que lhe estão associados como bens escassos e subordinados ao interesse público. Quais serão as linhas gerais desse quadro?

É necessário impedir a apropriação dos recursos naturais por capitais privados que vivem do lucro e por não se preocupam com a manutenção desses recursos. Quando isso não acontecer deve existir uma fiscalização eficiente que actue sobre todas as acções que prejudiquem o ambiente.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Legislativas 2005



Entrevista a Afonso Ferreira

1ª Parte: Agir Local

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do concelho?

Creio que, um concelho que tem uma pequena percentagem da população servida por uma rede colectora de esgotos, não tem em bom rigor uma única ETAR com capacidade à altura das necessidades, um concelho que não trata de uma forma capaz os chorumes das vacarias ou os resíduos das industrias e zonas industriais é um concelho em situação de verdadeiro desastre ambiental.

Além disso, ou melhor, em consequência disso temos os cursos de água com níveis alarmantes de poluição e as linhas de água completamente poluídas. Noutro nível, destaco a erosão costeira e a agonia que vive a Reserva Ornitológica do Mindelo, como dois grandes problemas ambientais do concelho.

P: No caso de ser eleito deputado o que fará para os resolver?

Orgulho-me do programa do meu partido para o ambiente. Acrescento aqui que foi por iniciativa do C.D.S. (com o apoio do P.S.D.) que a R.O.M. foi “proclamada” na Assembleia da República como sendo uma área com interesse ambiental que deve ser preservada, tendo sido ordenados os necessários estudos para a definição da área a proteger. Além disso, orgulho-me que o C.D.S. assuma distrital e localmente estes problemas, pois os mesmos constam dos compromissos distritais e locais que hoje apresentaremos na Estalagem do Brasão. Se for eleito obviamente lutarei afincadamente pela sua resolução, entendo até merecer a confiança dos Vilacondenses, por ser alguém que já demonstrou enquanto deputado municipal, um enorme trabalho nestas matérias com propostas, moções e recomendações, muitas das quais aprovadas por unanimidade, para lá chegar preciso do apoio dos vilacondenses.

Quais são as suas ideias sobre as 3 maiores preocupações dos vila-condenses expressas no fórum do Futuro sustentável:

1- Falta de sensibilização e Educação ambiental

Creio que a sensibilização e educação ambiental, são o único caminho para a resolução dos problemas ambientais, pois uma vez que para tal é necessária por um lado vontade política e por outro uma população consciencializada e sensibilizada para estes temas.

Repito que enquanto deputado municipal propus à Câmara Municipal muitas medidas de sensibilização ambiental, que embora algumas tenham sido aprovadas nunca se concretizaram. Creio anda que a R.O.M. pode ter um papel fundamental nesta matéria.

2- Reserva Ornitológica de Mindelo

Julgo ser unanimemente reconhecido hoje por todos os partidos e pela população como um dos principais defensores da Reserva Ornitológica do Mindelo. Orgulho-me do trabalho que na Assembleia Municipal desenvolvi e do que com os Deputados do C.D.S. já alcançamos, no entanto como sou ambicioso quero mais, para isso continuarei a lutar para que a R.O.M. passe rapidamente ao estatuto de área de paisagem protegida e que o P.D.M, actualmente em revisão, continue a salvaguardar aquela área. Penso que já muito se avançou e que é possível encontrarmos um modelo de gestão e financiamento que permita salvar, preservar e recuperar aquela área. No entanto, tal implica uma vontade política férrea da autarquia, que permita fazer a ponte entre os diferentes interesses em divergência. Parece-me que também aqui e preciso que os decisores políticos estejam sensibilizados! Já que, hoje existe uma larga maioria a favor da recuperação daquele património único na Área Metropolitana do Porto. Creio que a Câmara Municipal de Vila do Conde deve solicitar já a classificação da reserva e iniciar um processo negocial com todas as partes envolvidas que permita encontrar-se o modelo de gestão e financiamento da futura área de paisagem protegida do Mindelo. Por mim, tudo farei para auxiliar a Câmara Municipal de Vila do Conde nesse sentido.

3- Impactos do tráfego automóvel

Sou dos que enquanto cidadão, mas sobretudo enquanto autarca tem participado neste debate. Tenho enquanto deputado na Assembleia Municipal de Vila do Conde apresentado inúmeras propostas sobre esta matéria, nomeadamente, adesão ao dia sem carros; aquisição de veículos não poluentes, construção de ciclovias, acções de sensibilização e educação ambiental, etc. Além disso, fui também o primeiro a criticar e propor melhoramentos ao projecto do metro: duplicação da via, tipo de composições, parques de estacionamento, estações, etc. Assim, considero que sou um político que há muito bem falando na necessidade se alterar o actual paradigma dos transportes. Se reparar no nosso programa a um enfoque relativamente às acessibilidades a Vila do Conde. Em suma, entendo que é necessário um uso racional do automóvel, o incentivo aos transportes públicos e encontrar formas alternativas de locomoção que não sejam poluentes.

2ª Parte - Pensar Global/Nacional

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do país?

O nosso país enfrenta ainda problemas estruturais importantes, como por exemplo, a falta de saneamento básico em todo o território ou uma rede de transportes públicos capaz. Além disso, temos uma política de transportes que desincentiva o uso do transporte público, a ausência de políticas estruturadas de planeamento e ordenamento do território, bem como, um urbanismo caótico, os quais conjugados implicam baixos níveis de qualidade de vida aos portugueses. A qualidade do ar, a poluição dos rios, ribeiros e lençóis de água e outro problema muito importante. A erosão costeira, os fogos florestais e a desertificação de algumas zonas do país são também problemas importantes. Por fim, gostaria de deixar a problemática do cumprimento do protocolo de Quioto, que nos obrigará a entrar na chamada “economia do carbono”, obrigando as nossas industrias a terem que poluir o menos possível, sob pena de, se assim não for, termos mais um problema de competitividade para a nossa economia.

P: Que propostas e prioridades tem o seu partido neste campo?

Não sendo exaustivo destaco:

1- Concluir e consolidar o processo conducente à definição da estratégia nacional do desenvolvimento sustentável.

2- Integrar as áreas protegidas numa entidade de natureza empresarial que garanta, em 5 anos, que Portugal terá, como pode ter, os melhores e mais belos parques naturais da Europa.

3- Definir com urgência, uma política das cidades, visando a sustentabilidade enquanto acção chave.

4- Concretizar as 500 intervenções identificadas pelo Finsterra para a nossa orla costeira.

5- Concretizar o programa de demolições nas áreas protegidas.

6- Impulsionar, urgentemente, um novo urbanismo e criar cidades sustentáveis focalizadas em quatro temas transversais, essenciais a longo prazo: gestão urbana, sistema de transportes, construção e concepção urbana sustentável.

7- Investir no Saneamento Básico.

8- Executar o Plano Estratégico de redução da matéria biodegradável a depositar em aterro.

9- Assegurar a completa transposição da Directiva Quadro da Água.

10- Aplicar a estratégia das alterações climáticas que assenta no Plano Nacional das Alterações Climáticas.

11- Mobilizar as Agendas 21 locais.

12- Dar prioridade à educação ambiental.

13- Dar novo impulso ao mecenato ambiental.

14- Criar a Agência de Ambiente que agregará as competências cometidas ao INAG; IA; GRI e ao ICN.

15- Lançamento do Instituto do Litoral.

16- Institucionalização da Agenda do Território.

17- Impulsionar a gestão eficiente dos resíduos hospitalares em articulação com o Ministério da Saúde.

18- Implementar o Plano Sectorial da gestão da Rede Natura 2000.

19- Actualizar o regime jurídico da REN e da RAN.

20- Implementar a “Green diplomacy”.

Muitas mais medidas e metas contam do nosso programa, contudo seleccionei pela sua importância estas.

3ª Parte: Análise ao Programa Eleitoral

P: Como funcionará o novo modelo empresarial que gerirá as áreas protegidas?

Trata-se de criar uma entidade de natureza empresarial que garanta, em 5 anos, que Portugal terá, como pode ter, os melhores e mais belos parques naturais da Europa, e que passaremos a deter uma marca amplamente reconhecida, com valor percebido e estimulado pela população. Esta entidade será acompanhada de novas formas de financiamento, decorrentes da montagem de um fundo de conservação, quer dos projectos de conservação quer das novas actividades económicas que serão desenvolvidas.

P: Quais as competências do “Instituto do Litoral”?

O Instituto do Litoral resolverá o problema gerado pelo facto de mais de 100 entidades terem competências sobre o litoral. É vital reconhecer que o litoral está do nosso lado e ao nosso lado, e que Portugal tem uma marca que o distingue e especializa: o Mar.

Legislativas 2005



Entrevista a Armando Herculano
1ª Parte: Agir Local

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do concelho?

1.1. Falta de rede de abastecimento de água potável, de base pública, isto é, não obrigado a pagar dividendos a investidores privados, pois trata-se de um bem essencial à vida.

1.2. Falta de uma política ambiental para o concelho, com preocupações de educação ambiental para a sustentabilidade e a qualidade de vida.

1.3. Como consequência do referido em 1.2, o abandono, desprezo e mesmo destruição que foi promovida pela autarquia, na mancha verde litoral que é a Reserva de Mindelo; foi promovida a expansão urbana através do PDM, tenta-se excluir a zona ribeirinha do Ave e a freguesia de Azurara e não foi tomada nenhuma medida de protecção como seja a proibição de deposição de entulhos, ou sequer, a sensibilização dos Vilacondenses e proprietários para a sua importância para Vila do Conde.

P: No caso de ser eleito deputado o que fará para os resolver?

Os deputados do Bloco de Esquerda que forem eleitos defenderão:

2.1 que os serviços públicos essenciais devem estar fora da economia de mercado, e entre estes, o fornecimento de água potável, e rede de saneamento básico, por isso opor-se-á a qualquer privatização da água e pugnará pelo retorno ao sector público, a distribuição da água em Vila do Conde.

2.2 a generalização do processo de Agenda XXI Local, a todas as freguesias do concelho e ao concelho no seu todo, com forte participação popular, como elemento essencial para a sustentabilidade do desenvolvimento e da qualidade de vida dos Vilacondenses, processo de que a freguesia de Mindelo em Vila do Conde é pioneira com encorajadores resultados.

2.3 continuar ao nível local atento aos problemas ambientais sempre que se verifiquem.

2.4 defendendo a inclusão nos currículos de todos os ciclos de ensino da educação ambiental, com uma componente de contextualização local.

2.5 voltar a apresentar na Assembleia da República do projecto de Lei da criação da “Paisagem Protegida de Mindelo” que dotará este espaço de protecção legal e de um Plano de Gestão. Esta proposta de Lei, foi votada favoravelmente pelo Partido Socialista e assim, julgamos que finalmente será criada e protegida a ROM.

Quais são as suas ideias sobre as 3 maiores preocupações dos vila-condenses expressas no fórum do Futuro sustentável:

1- Falta de sensibilização e Educação ambiental

● A pressão sobre os autarcas e políticos em geral deve aumentar no que toca às questões ambientais, e isso só é possível através da elevação da consciência ambiental das populações. Por isso a importância dada em 2.4 à educação ambiental nas escolas.

2- Reserva Ornitológica de Mindelo

● A ROM deve ser tratada como uma das mais importantes mais-valias do concelho, para os seus habitantes, mas também para a área metropolitana, podendo singularizar Vila do Conde no que toca à educação ambiental e lazer ligada à natureza. Infelizmente não houve essa visão por parte da autarquia que tem tentado cercá-la de betão e assim vem diminuindo as suas potencialidades. Mas pode ainda emendar a mão, se o Partido Socialista repetir a votação da A.R. Apoiando a proposta do BE.

3- Impactos do tráfego automóvel

● O tráfego automóvel e seu impacto resolvem-se com o investimento em transporte público, a diminuição de estacionamento, e de estacionamento gratuito, e a localização deste nas periferias; assim haja suficiente coragem política, consciencialização e pressão dos cidadãos. O acesso às praias deve ser feito a pé, do parque automóvel afastado do litoral, ou por transporte colectivo.

2ª Parte - Pensar Global/Nacional

P: Quais são para si os principais problemas ambientais do país?

● Política energética e o respeito pelo Protocolo de Quioto. O uso de forma irracional e intensiva de energia é um dos responsáveis pela produção de emissões gases poluentes e responsáveis pelo efeito de estufa, por sua vez elevam a temperatura média do planeta com consequências já previsíveis na subida do nível das águas do mar e na desertificação do país. O país produz a energia que consome em grandes centrais térmicas que recorrem aos hidrocarbonetos e, através da importação, à energia nuclear de França e Espanha. É necessário reduzir consumos, utilizar electrodomésticos que consumam menos energia, construir habitações com melhor desempenho térmico, designadamente com a generalização das paredes e vidros duplos apontando a meta da redução de consumo em 20%, e apostar definitivamente na produção distribuída (em nossas casas) de energia térmica solar para aquecimento de águas, de energia eléctrica fotovoltaica e através de pequenos aerogeradores. Portugal tem de aumentar os incentivos e apoios aos particulares para as energias renováveis, pois só reduzindo consumos e auto-produzindo com energias renováveis, se diminui a necessidade de produções concentradas de elevadas quantidades.

● Política da água. A água potável é um recurso limitado e por isso, tem de haver uma preocupação de longo prazo para a preservação deste recurso essencial. A rede de saneamento e tratamento de águas residuais tem de cobrir todo o país.

● Política de tratamento dos resíduos perigosos. Reduzir e reciclar tudo o que é possível, até ao limite do conhecimento e dos recursos, e dar aos resíduos remanescentes um tratamento o menos prejudicial para o ambiente, numa análise baseada no princípio da prudência.

Os Fogos Florestais.

P: Que propostas e prioridades tem o seu partido neste campo?

● Nacionalização do sector da energia, para impedir a desregulação, a diminuição de investimentos na protecção do ambiente e a colocação dos interesses particulares da remuneração dos accionistas, à frente dos interesses comuns do país e do ambiente. Os modelos energéticos têm de ser dissociados da rentabilização das empresas, e do lucro, sabemos que quem costuma pagar a factura é a qualidade do serviço e do ambiente. As energias renováveis deveriam estar presentes e ser obrigatórias em todos os edifícios públicos e nas escolas, e deveriam ser a norma para a construção civil em todos os novos edifícios. A privatização da energia desprezará consumidores isolados (como já foi consagrado em lei para os telefones fixos), as regiões do interior e os pequenos consumidores com menor capacidade de negociação. O Bloco defende a consagração de um “direito à energia garantida” para que cidadãos desempregados, com rendimento mínimo ou reformas baixas, tenham tarifas especialmente favoráveis.

Defendemos objectivos mais ambiciosos para o cumprimento do protocolo de Quioto, deve ser corrigido o objectivo para 2012 de 39% da energia produzida de forma renovável, para 50%.

Defendemos que os serviços públicos, autarquias, ministérios, polícias, hospitais, etc., no programa de renovação de veículos, o façam substituindo-os por veículos eléctricos, e consideramos que deve haver um forte investimento nos transportes públicos suburbanos e urbanos, em detrimento do TGV que não é, para o BE uma prioridade, nem um exemplo de uso racional da energia, devendo ficar-se pela ligação a Madrid.

● Reduzir e reciclar tudo o que é possível, até ao limite do conhecimento e dos recursos, e dar aos resíduos remanescentes um tratamento o menos prejudicial para o ambiente, numa análise baseada no princípio da prudência.

● Actualização do cadastro das propriedades a custo reduzido, incentivos para a criação de centrais de biomassa que induzam a limpeza, vigilância e valorização das florestas e investimento público na vigilância permanente das florestas por processos tecnológicos avançados.

3ª Parte: Análise ao Programa Eleitoral

P: Nenhuma das 10 prioridades para os 100 primeiros dias está relacionada com o ambiente, a que se deve esta ausência?

Porque infelizmente a política praticada pelos três anos de governação da direita, fez-nos recuar civilizacionalmente para níveis de penúria social que se torna urgente corrigir a fúria contra a protecção social dos trabalhadores e, dos desfavorecidos e remediados, dos pensionistas e indigentes. O nível de desemprego aumentou a níveis nunca verificados em democracia, em simultâneo com a entrega ao mercado, dos sectores essenciais da água, da saúde, e da fragilização da protecção no trabalho, levou-se a tribunal jovens trabalhadoras e desempregadas por terem abortado, impediu-se a legalização de imigrantes, colocando-os assim na dependência de patrões sem escrúpulos, limitou-se o acesso à justiça com novas exigências para o apoio judiciário gratuito.

Nos primeiros 100 dias deve ser dada prioridade a reverter esta situação, deve ser dada prioridade aos mais prejudicados com a política de direita, e porque são medidas para os serviços essenciais de dignidade humana.

P: Está presente no programa “uma reforma no modelo de financiamento dos municípios, que lhe retire o nexo com a especulação imobiliária e a construção civil”, algo bastante importante para o ambiente e ordenamento do território. Esse compromisso irá para a frente? Quando e com que medidas?

Não é expectável que o Bloco tenha responsabilidade governativa, não ganhará ―infelizmente― as eleições, mas no que depender do Bloco, designadamente da sua capacidade propositiva na A.R., ou na negociação com o futuro governo, tudo faremos para que o financiamento dos municípios tenha uma base nacional, não dependente dos fogos construídos e outros empreendimentos imobiliários. Esta é uma das causas conhecidas do desordenamento do território, de abaixamento do cumprimento e vigilância das regras ambientais, mas também da corrupção que, por essa via, se instalou no poder autárquico, e que é urgente por fim.

Novidades!

As novidades que prometi para hoje estão a chegar...
Em colaboração com a Associação dos Amigos do Mindelo, entrevistei os candidatos à Assembleia da República de Vila do Conde sobre questões ambientais. As perguntas feitas dividiram-se em três temas: um dedicado ao concelho (Agir Local), outro ligado aos problemas ambientais do país (Pensar Global) e o último relacionado com o programa eleitoral de cada partido.
Para já recebi todas as respostas menos as do candidato do PS Lúcio Ferreira, mas em breve devo ter a sua resposta. Vou dispô-las aqui progressivamente e por ordem alfabética, espero que sejam documentos úteis para os indecisos. Como é óbvio, não farei qualquer comentário às ideias de cada um.

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"Os passageiros que morrem num desastre de aviação têm um tipo de compensação que os que morrem em desastre de comboio e autocarro não têm". Pérola do presidente da Portugália.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Amanhã

Apesar da gripe, vai aparecer aqui algo inédito na blogosfera.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Gripe

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Impede-me de escrever

domingo, fevereiro 13, 2005

Injustissa



Eu axo uma injustissa nom ter sidu aporadu prá finale do Compionato Nassional de Lìnga Prutuguesa. Soue recunhessido cá na teirra por çer aquiele que pressebe melhoir de prutugues do moundo e arridorez e nom deie um unìco eirro nu meu ditáido, debu tar a çer perceguido pur algueim que nom gousta de minhe.
Entrei na facoldade a iscrever assim e tive desanove a prutuguês nu izâme nassional. Alguém conceguia tirare mais? Dovido. Eu até leiu muntos libros, como os da Magarina Revello Pinheto e taumbénhe da Rita Feirro, estou seimpre a incuntrar êrruz nu jurnale e acim. Izijo uma revizão de próbaz senoum meitu todu em terivunale. Óvrigado

Actualização

Quando escrevi aqui o ranking a utilização de derivados da palavra "Sustentável" ainda não tinha lido o programa eleitoral do CDS-PP. Para assegurar o pluralismo do Blogue aqui vai a nova lista após a leitura do programa do CDS-PP:

1º PSD 99
2º PS 68
3º CDS 52
4º CDU 48
5º BE 7

sábado, fevereiro 12, 2005

Chaminé

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Era uma vez um senhor que gostava tanto da praia mas mesmo tanto que decidiu viver dentro dela. Como no Inverno tinha muito frio decidiu construir um fogão de sala novo com a respectiva chaminé.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O Pensador










Mais uma para a colecção de Gabriel Alves:
No jogo de ontem "Ricardo tem que ter cuidado com a Força Aérea Irandesa". Aquele missil caiu mesmo ao lado dele...

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Mobilidade

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Era uma vez uma cadeira relacionada com os transportes e a mobilidade de uma faculdade conhecida internacionalmente. Esta cadeira, de uma opção relacionada com o planeamento do território e ambiente era frequentada por 9 alunos que tiveram um bom aproveitamento pois a média dos exames rondou os 14 valores. Os assuntos tratados nos exames tinham que ver diectamente com a área metropolitana onde se inseria essa faculdade. Um dos alunos era vereador de uma das mais importantes autarquias dessa área metropolitana e tinha por isso poderes para votar em questões directamente relacionadas com a mobilidade. Dos 9 alunos, apenas um reprovou com 8 valores. Esse aluno era vereador.
Quem é que andamos a escolher para cargos públicos?

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Dourado

Benni McCarthy fires in a stinging late free-kick which Tim Howard can only fumble away

Uma comissão disciplinar que só pune um clube com processos sumaríssimos, uma comissão disciplinar que aumenta o número de jogo de suspensão a Benni McCarthy para este não jogar constra o Benfica, uma comissão disciplinar de uma liga cujo presidente é ex-dirigente do Benfica, uma comissão disciplinar que espelha as declarações de Luís Filipe Vieira de "ganhar lugares na liga em vez de contratar jogadores". Não merecerá tudo isto uma investigação?
Para quando uma operação "Processo Sumaríssimo Dourado"?

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Novidades...

... em breve!

Atrasados

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Os desejos de boa sorte para o novo director do Terras do Ave

sábado, fevereiro 05, 2005

Pormenores 7

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A nova auto-estrada (A7) foi construída para ligar os dois Lápis de Côr da blogosfera portuguesa.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Consulta



O plano de acção da Agenda 21 já se encontra disponível aqui para consulta pública. Confesso que esperava algo mais arrojado por parte do IDAD, o que não quer dizer que seja mau. Quem quiser dar sugestões pode utilizar a caixade correio existente no Café Largo da Igreja.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Palavras

Andei a ler os programas eleitorais disponíveis na net, para já na diagonal. A primeira palavra que me salta à vista é a da moda "sustentável", que repetida até ao exagero só pode significar falta de conteúdo dos programas. Sendo assim aqui vai o ranking das palavras derivadas de "sustentável" em cada programa eleitoral.

1º PSD 99
2º PS 68
3º CDU 48
4º BE 7

O PSD tem 99 palavras derivadas de "sustentável" em 102 páginas, não será um pouco repetitivo ter 1 sustentável por página?

Debate



Não vou fingir que sou comentador político nem falar dos segundos com o dedo levantado, das ironias, das heresias, do estilo, dos colaboradores. Quem viu o debate e vai votar de certeza que é maior (em relação ao vacinado depende da consciência de cada um) e não precisa da minha opinião para nada.
Quem ganhou o debate?
Depende, para a direita ganhou o Pedro, para a esquerda ganhou o Zé.
Quem perdeu?
Para além do país não estou a ver quem possa ter perdido.
Uma referência ao sistema americano de debater. Espero que não se repita, um pouco de diálogo não fazia mal a ninguém e retirava a sonolência, para piorar, colocar um dos candidatos com menos tempo para a declaração final é absurdo.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Alto lá!



Eu não tenho nada contra a vida privada e as opções de cada candidato e até sou contra as insinuações vergonhosas que já foram feitas em relação a dois líderes partidários.
No entanto, não quero nenhum inglês para nada!!!!! Não me metam nesse filme!! Seja o tal Inglês básico ou elaborado, não me interessa.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Confirmação

Agora que estamos no tempo dos boatos, aproveito para quebrar o tabu. Sei que muita imprensa desportiva já veiculou várias vezes esta possibilidade, que nos corredores das redacções se tem falado muito sobre isto, mas penso que está na altura de abordar o assunto.
Confirmo a minha presença da 15ª Meia Maratona de Lisboa, estreando-me assim nesta distância. A todos os que acreditaram em mim antes de eu ter tomado esta difícil decisão o meu muito obrigado.

Gaffe



A SIC Notícias andou todo o dia a transmitir uma notícia em que a jornalista referia que Victor Fernandez foi despedido do Clube de Futebol do Porto. Quanto à pouca cultura de algumas pessoas que trabalham no jornalismo, este exemplo nem é surpreendente, agora que a peça seja repetida todas as horas numa estação de referência é bastante estranho.

F1

Tiago Monteiro já assinou pela Midland F1

Apesar de só se falar no Aragonês existem outras notícias que quase passam esquecidas. A que falo talvez também passasse despercebida com uma vaga de frio ou com um assassino que tenha fugido da prisão.
O piloto portuense Tiago Monteiro acaba de assinar pela (ex-)Jordan e será o primeiro piloto da equipa para o mundial de Formula 1 em 2005.
O facto de eu ter escrito Portuense não é por acaso. Quando Pedro Lamy era piloto de Formula 1 existia uma euforia nacional digna de um Euro 2004, todos os portugueses vibravam, os apoios privados e públicos ao piloto multiplicavam-se e a carreira deste na F1 ficou marcada por 1 fantástico ponto e uma mão cheia de acidentes aparatosos. Hoje não há apoios, não há portugueses a vibrar, apenas sobra o talento, talvez isso conte um bocado.
Os meus parabéns.

Fernandez












Não é a solução para todos os problemas, mas viu-se que não tinha pulso para segurar a Escola de Samba.