quinta-feira, março 31, 2005

Regresso




Estou de volta a Cuba depois de 10 dias na Madeira. Foram 10 dias surpreendentes.
Sempre pensei visitar a Madeira, mas nunca fez parte das minha prioridades, mas como um amigo meu de lá me convidou para passar em casa dele uns dias aproveitei para conhecer aquela ilhota governada há muitos anos por um careca nosso conhecido (não confundir com outros).
O crescimento da ilha nos últimos anos já me era familiar, não falo do aumento da extensão provocado por determinadas obras de mar mas do intercalar de túneis e viadutos que aproximam lugares distantes. Muito ouvi falar, muito vi e foi apenas uma confirmação. Também me falaram da sua beleza natural, mas nunca me apercebi da magnitude desta. Na reduzida área da ilha percorrem-se paisagens que vão desde a tundra do Paúl da Serra, ao desfiladeiro do Pico do Arieiro passando pela ruralidade de Santana e pelos mares de Porto Moniz. Vi campos agrícolas à beira do abismo no Curral das Freiras e aprendi o que são as levadas. Percebi que 10 dias não são suficientes, ao contrário do que pensava. Voltarei em breve, mas não sei se irei bater o recorde de 600 fotografias tiradas numas férias. 20 rolos à vida... se recuassemos meia dúzia de anos.

segunda-feira, março 21, 2005

Madêra

Madeira - flag

Dêviu dizêre aos mês leitiores que viou para a madêra durênte diez dias e piurtênte io blogue não vai siêr actualizêdo quiom rigularidêde. Viou tientér ester a pier dio que se péssa nio país, mas esténdio no estrangiêro não serié fácil. Bioa Péscoa!

domingo, março 20, 2005

Eleições




Hoje fui eleito Vice-Presidente da Associação dos Amigos do Mindelo. O blogue continuará independente e não escreverei nele como membro da direcção da Associação, mas como pessoa comum. Como é óbvio não vou elogiar a associação, ou criticá-la, isso fica para o seu interior. Quanto às milhares de críticas que irão ser feitas, prefiro que me enviem para o mail. Não responderei no blogue a perguntas ou a provocações, mas no mail estarei sempre disponível para explicar tudo o que pedirem. No blogue descreverei apenas algumas das actividades em que me envolverei e conclusões de estudos, mas em termos de juízos de valor ou respostas a outros blogues em nome da Associação, não contem isso.
De qualquer forma deixo aqui um conjunto de insultos dirigidos à minha pessoa e à escolha do freguês:

- Pseudo-ambientalista
- Pseudo-Verde
- Pseudo-ecologista
- Burro
- Estúpido
- Besta
- Cabrão

Os restantes insultos carecem de aprovação e não estão licenciados.

sexta-feira, março 18, 2005

Meia Maratona 3

A imagem “http://migueltorres.no.sapo.pt/Blog/maratona2.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Começando a corrida bem no fim dos 35.000 atletas, tive que apostar numa táctica diferente. Os Quenianos partiram 3 minutos antes, e eu tinha que os alcançar. Ultrapassei o Sampaio sem lhe dar nenhum autógrafo, uma zebra, um padre, o Sócrates, um batalhão dos comandos, um garçon e um homem correndo com um rádio às costas que tocava sem interrupções o "Vamos lá cambada". Tive que ziguezaguear pela ponte para recuperar o tempo perdido, circulando muitas vezes pela grelha centrar onde via o rio por baixo dos meus pés. O tráfego na ponte fazia lembrar um dia qualquer da semana, com o garrafão das portagens repleto, as filas na segunda circular até ao radar do aeroporto, o nó do fogueteiro e todos esses nomes que nos surgem quando sintozámos a rádio no meio da VCI à espera de um milagre que nos tire dali.
Com tanto tráfego e sem auto-rádio, percebi no fim da ponte que já devia estar a uns 5 ou 6 minutos do quenianos, mas mal os fracos da mini-maratona viraram à direita e a estrada ficou livre comecei a acelerar.
Passei a Avenida 24 Super Bock de Julho, o Terreiro do Paço, o Rossio, a Praça da Figueira, outra vez o Terreiro do Paço, Santa Apolónia, ultrapassei o campeão olímpico Baldini, voltei para trás e encontrei no regresso à Avenida 24 Super Bock de Julho o grupo de Quenianos liderado por Paul Tergat. Escondi-me atrás dele para não ser filmado (sou tímido) e quando estavam todos distraídos ataquei e ultrapassei todos (inclusive a moto da RTP) a uma velocidade estonteante. Do ataque só restou a foto que vemos acima.
Cheguei aos Jerónimos com o recorde do mundo de 50m34s, numa altura em que ainda não tinham colocado os tapetes que lêem os chips, o photo-finish e quando estava tudo a comer gelados na barraca da Olá (inclusive os jornalistas e cameramen). Ninguém me deu os parabéns, a medalha de ouro ou o que quer que seja e vim-me embora com as mãos abanar. Preferiram dizer que foi um tal Senhor Tergat a vencer, esquecendo-me num lugar a meio da tabela. Se isto não é corrupção então o que é a corrupção? Depois lá me deram uma saca da EDP com duas garrafas de água e uma de bebida energética. Nem uma barrinha de cereais sobrou para mim. Foi com esta desilusão que acabou a minha participação na Meia Maratona deste ano. Mas a prova da fotografia ninguém me tira.

Contas

quinta-feira, março 17, 2005

Meia Maratona 2

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O grande dia chegou. A 13 de Março, embora um pouco longe da Cova da Eiria, acordávamos no nosso quarto quintuplo da Pousada da Juventude do Parque das Nações. A noite foi curta, e as horas de sono insuficientes para quem quer correr 21097 metros. Para piorar o percurso a pé até à Gare do Oriente demorava 15 minutos, e às oito da manhã de um domingo andar pelas ruas de Lisboa de calções e manga curta é algo muito estranho. Os números que tinhamos na frente da camisola davam-nos alguma credibilidade, quem nos visse poderia assim pensar que eramos presidiários acabados de fugir da prisão ou loucos acabados de fugir do manicómio, o que não era mau ao lado de uns atletas deste calibre. Não foram muitas pessoas a pensar desta maneira, ninguém é maluco o suficiente para andar na rua às 8h de domingo, só mesmo quem fugiu do manicómio ou quem vai para uma meia maratona.
O olhar com do empregado do café era desconfiado. Alguém vestido daquela maneira e com sotaque nortenho só poderia estar a pensar roubar donut's e croissants, por isso ficou bem atento a controlar os movimentos dos 5 assaltantes com o maior número de olhos possível. Depois de um pequeno-almoço desconfiado, vivido em clima de guerra fria descemos as escadas e entrámos no Metro. Um Metro muito estranho, sem cantenárias, que só anda debaixo da terra e que não tem a Estação do Bolhão. Depois fizemos uma mudança de transporte no Areeiro (Homenagem a todos aqueles que souberam destruir as nossas dunas e rios) e apanhámos finalmente um transporte decente com cantenárias e tudo. Foi num combóio duplo que atravessámos aquela ponte copiada da Golden Gate de São Francisco até chegarmos ao Pragal. Disseram-nos que entre a estação e a partida seriam apenas 15 minutos a pé, mas o que é certo é que o congestionamento de tráfego pedonal fez com que chegássemos mesmo em cima da hora. Dezenas de milhar de pessoas a ocuparem as ruas, os viadutos, os passeios, acedendo todas por uma descida íngreme ao lado de um viaduto, a organização falhou neste aspecto. No entanto o ambiente era excelente, muitas pessoas, muita polícia, o garrafão, as portagens, barreiras de protecção e todo aquele ambiente típico do local. Só faltavam os camionistas e as buzinas, porque até a pistola existia para dar a partida. Existia mas ouvia-se mal e no fim da multidão não percebemos quando foi o início da corrida, fomos levados pela corrente e só passados 3 minutos passámos pela partida.

terça-feira, março 15, 2005

Meia Maratona 1

Antes da Prova



A viagem para Lisboa começou com mais de 2h de atraso fruto da paixão que alguns membros da equipa têm pelos rallyes. Embora os automóveis percorram distâncias por vezes superiores a 21,097 km em cada classificativa, duvido que eles sintam dores musculares no braço da suspensão. Chegámos a Lisboa por volta das 20h de sábado, e o trânsito da segunda circular impedia um avanço rápido até ao Museu da Electricidade. Não sei como alguém consegue viver numa cidade com trânsito aos sábados só porque joga um clubezeco que não ganha nada há 10 anos. Viver em Lisboa deve ser um martírio, mas como não tenho a certeza, deixo ao critério dos meus leitores lisboetas o alargamento deste tema na zona dos comentários.
Numa tenda montada por detrás do Museu da Electricidade, junto ao rio, com um cheiro agradável a águas residuais, entregaram os dorsais à recém-formada equipa FEUP - Civil (decidi inventar a equipa quando fiz as inscrições e parece que deu resultado pois até o voluntário que estudava no Técnico disse mal de nós). Depois comemos um bife que caiu mal em todos os participantes e rumámos ao Parque das Nações para dormir.
Quando descobrimos que a corrida ia até Santa Apolónia e não apenas até ao Terreiro do Paço começamos a desmoralizar. "Se calhar é melhor ficarmos aqui a dormir porque aquilo é demasiado" foi o que se disse antes de se apagar a luz.

domingo, março 13, 2005

Cheguei

Ao fim sem parar de correr... Amanhã notícias sobre a aventura em Lisboa!

sábado, março 12, 2005

Vergonha

Na véspera de ir para Lisboa...

sexta-feira, março 11, 2005

Rádio

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Ontem fui pela primeira primeira vez a uma entrevista numa rádio. Senti-me como peixe na travessa!

quinta-feira, março 10, 2005

Special

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Os sons onomatopaicos dos EZ Special preenchem as rádios. O grupo de Santa Maria da Feira alcançou o sucesso graças a refrões como "Lalalalala uhhh" ou "Teturutu". Hoje, em exclusivo para o (ouriço cacheiro), as músicas dos próximos anos.

Today

I will love you Today
wey wey wey wey
I will love you Today
iuhuuuuuway
I will love you Today
wey wey wey wey
I will love you Today
iuhuuuuuway
lalala
laaaaaaaaaaaaaaaaa
lala
(silêncio)
I will love you Today

Tomorrow

I will love you Tomorrow
wow wow woooooooow
I will love you Tomorrow
wow wow woooooooow
I will love you Tomorrow
wow wow yeah yeah
I will love you Tomorrow
wow wow woooooooow
I will love you Tomorrow
wow wow woooooooow
I will love you Tomorrow
wow wow yeah yeah
wow wow

Next Month

I will love you next month
phonf phonf phonf
I will love you next month
yeah you yeah you
I will love you next month
phonf phonf phonf
phoooooooonf
phonf phonf
next month
love youuuuuuu
phonf!

terça-feira, março 08, 2005

Jogo



Agradeço ao Acaso por ter adiado o jogo do Porto para a próxima semana permitindo-me ver esse joguito de futebol mais ou menos bem jogado que foi o Chelsea-Barcelona. Mas nada que se compare a um Estoril-Beira Mar!

Meia



Domingo lá estarei!

Tempo 2

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Desporto

Eu ainda sou do tempo em que se apanhava chuva nos estádios dos 3 grandes

Eu ainda sou do tempo em que se dizia que nunca existiria Euro 2004

Eu ainda sou do tempo em que o Mourinho era um simples adjunto/tradutor

Eu ainda sou do tempo em que o Jardel marcava golos

Eu ainda sou do tempo em que o Artur Jorge ganhava jogos

Eu ainda sou do tempo em que Abramovich fazia lembrar uma marca de caviar

Eu ainda sou do tempo em que nenhum futebolista escrevia livros

Eu ainda sou do tempo em que o Baía só tinha 25 títulos

Eu ainda sou do tempo em que o Benfica era campeão (Ei, que exagero, isto era para ser só para acontecimentos com 5 anos)

domingo, março 06, 2005

Tempo 1

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Os tempos hoje correm muito mais depressa que no passado. Uma criança que hoje tenha 10 anos já pode ter conversas de lar da terceira idade. Inicio um conjunto de posts sobre "Eu ainda sou do tempo..." em que vemos como estávamos atrasados há meia dúzia de anos. Começo pela:

Ciência e Tecnologia

Eu ainda sou do tempo em que os telemóveis eram a preto e branco

Eu ainda sou do tempo em que não existia internet sem fios

Eu ainda sou do tempo em que não se gravavam DVD's

Eu ainda sou do tempo em que o Yahoo era mais visitado que o Google

Eu ainda sou do tempo em que existia só o Napster

Eu ainda sou do tempo em que o código genético não estava descodificado

Eu ainda sou do tempo em que não existiam blogues

Eu ainda sou do tempo em que as pessoas só sacavam mp3's

Eu ainda sou do tempo em que os filmes saíam mais cedo no cinema que na internet

Governo



A escolha dos novos membros do governo teve duas grandes virtudes: a inexistência de telenovelas sobre os que são escolhidos, os que recusam e os que fazem choradinhos é algo pouco habitual em Guterristas, Santanistas e Barrosistas e, por outro lado, a existência de independentes especialistas nos dossiês que irão analisar.
Tudo era bonito, mas quando soubermos que os Secretários de Estado serão todos provenientes do aparelho partidário de Jorge Coelho choraremos outra vez.

sexta-feira, março 04, 2005

Entre-os-Rios

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Foi há 4 anos...
Hoje existem lá duas novas pontes. E no outro interior?

quinta-feira, março 03, 2005

Música

o descanço dos guerreiros

"Wait (In The Name Of a Ticket)"

One man come in the name of a ticket
One man come and wait
One man come, he wants to buy
One man who has faith

In the name of a ticket
What more in the name of a ticket
In the name of a ticket
What more in the name of a ticket

One man sleeps in a petrol station
One man he resist
One man washed the car to get points
One man with a BP card

In the name of a ticket
What more in the name of a ticket
In the name of a ticket
What more in the name of a ticket

Early morning, March 1
They start to sell in Via Norte
Tickets at last, they sold everything
And he couldn't buy the ticket!

In the name of a ticket
What more in the name of a ticket
In the name of a ticket
What more in the name of a ticket
In the name of a ticket
What more in the name a ticket...

quarta-feira, março 02, 2005

Emigrantes



Parece-me um pouco injusto que 8.785.227 eleitores a escolher 226 deputados enquanto 22.413 emigrantes fora da europa escolhem 2.

terça-feira, março 01, 2005

Surpresa

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Uma das empresas do grupo de Joaquim Oliveira acaba de comprar a Lusomundo Media, detentora da TSF, do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias e do 24 Horas.
É muito interessante o percurso de Joaquim Oliveira. Começou como agente de futebolistas, passou a carregar painéis publicitários para alguns campos de futebol, mais tarde teve o exclusivo da publicidade estática, passou a deter as transmissões televisivas, comprou o jornal O Jogo, fundou a prmeira Pay-TV ligada ao desporto e agora adquire um dos maiores grupos media que detém o jornal com a maior tiragem e a rádio de notícias com maior audiência.
Sem dúvida um trajecto interessante, apesar de muitos dizerem que os caminhos percorridos foram sombrios. Mas e os outros? Também terão um percurso inócuo?
Oliveira assusta porque é do norte, e após anos e anos a perder influência para Lisboa, este negócio poderá ser um ponto de viragem. Desapareceu o BPA, o JN foi comprado pela PT e a NTV durou pouco mais de um ano. Hoje, regressou a casa o JN e trouxe consigo um jornal e uma rádio de referência. Muita gente ficou com o orgulho ferido e por isso existem tantas vozes de descontentamento. Mas há vozes que não chegam ao céu.