quarta-feira, julho 13, 2005

Courchevel



Com pouco tempo para tudo, tenho pena de não estar a abordar o Tour da forma mais desejável. Apesar de não ter escrito nenhum post tenho estado muito atento à prova candidata a Património Mundial.
Hoje foi a primeira etapa com montanha a sério, com uma ligação de Grenoble a Courchevel. Depois de uma etapa de média montanha em que a Discovery desiludiu, Armstrong ficou sozinho num grupo defendendo-se de uma T-Mobile muito forte (Vinokourov, Ulrich e Klöden), hoje tudo mudou. Rubiera começou a última subida logo com um ritmo muito forte e o camisola amarela Voigt sem se conseguir mover assinou a sua carta de despedida, acabando por cair 76 lugares na geral. José Azevedo puxou pela corrida mais cedo do que no ano passado e depois de atirar o Moreau e Vinokourov para a retaguarda, encostou para o lado restando ainda Hincapie e Popovych ao lado de Armstrong. No entanto, a 10km da meta Armstrong pede a Popovych para fazer um sprint destruidor e fica sozinho com Valverde, Basso, Rasmussen e Mancebo. Parecia ser cedo demais e esperava-se que Basso atacasse pela primeira vez nestes anos. Afinal o italiano foi o primeiro a fraquejar. Sobraram 2 Ilhas Baleares (a Mallorca e a Menorca), 1 Rabobank e 1 Discovery. De todos apenas Rasmussen não puxou, o que não retira o mérito a alguém que ganhou a etapa anterior de uma forma heroica, com uma fuga desde o quilómetro 4 (Estou surpreendido com o ex-corredor de BTT, para mim é a maior figura do Tour até ao momento, mesmo que Armstrong esteja de amarelo). O final já era previsível, Valverde, o novo Jalabert (com potencial para ser melhor ainda) venceu o sprint. O futuro é dele.