Portugal - Holanda (1-0)
Portugal com o seu 4-3-3 típico que curiosamente enfrentou a Holanda há 2 anos. A Holanda num 4-3-3 igual ao que costuma utilizar este ano com Boulahrouz no lugar de Heitinga e Kuyt no lugar de Van Nistelrooij. A equipa que deu mais nas vistas jogou num 1-1-2-1 com Jose Luis Camargo a 5º Árbitro, Marco Rodriguez a 4º Árbitro, Evgueni Volnin e Nikolay Gublev a árbitros assistentes e a árbitro Valentin Ivanov.
Muito medo no início mas com Portugal a dominar, logo aos 7 minutos Boulahrouz tem uma entrada merecedora de expulsão e o árbitro perdoa com um amarelo. A meio da primeira parte, Maniche entra mais uma vez na área e marca um golo que é tão típico como o 4-3-3. Portugal continua a dominar depois disso, dando a iniciativa à Holanda. Só Costinha veio estragar o esquema e mesmo no final da primeira parte dá uma mão sem necessidade e é muito bem expulso.
Uma substituição impunha-se para segurar o meio campo, a entrada de Petit para trinco era fundamental. Existiam 3 hipóteses (exclui-se a substituição de Simão que tinha entrado poucos minutos antes para o lugar de Ronaldo): Saída de Figo e Portugal perdia alguém que sabe segurar bem a bola, saída de Pauleta e perdia-se uma referência no eixo do ataque podendo um dos centrais holandeses subir criando desiquilíbrios (como aconteceu por vezes na primeira parte) ou Deco, perdendo Portugal capacidade de retenção, criatividade e alguém a fechar no meio campo, mas mais à frente que Costinha. Scolari optou por Pauleta e fez bem, jogando um 4-3-2 com Simão e Figo a entrar das alas para o meio. No entanto, não estavam a fechar bem e Gio subia muitas vezes sem marcação indo Maniche fazer as compensações. Do outro lado Boulahrouz mais lento não subia mas Portugal tardava em pressioná-lo para levar um segundo amarelo que se previa desde a primeira entrada sobre Ronaldo.
Entretanto Van Basten tira um defesa central (Mathijsen) e coloca Van der Vaart, um número 10 passando a 3-4-3. Começaram aqui os seus erros. Com menos um defesa, Gio que estava a subir sem oposição ficou amarrado cá atrás por só existirem 3 defesas, do outro lado Boulahrouz continuava com amarelo e Figo finalmente lembrou-se de explorar aquele central adaptado a lateral, duro de rins, e pouco tempo depois arrancou um amarelo exagerado. Van Basten, com medo de arriscar a igualdade numérica na defesa, tira Van Bommel e coloca Heitinga no eixo. Ficou um 3-3-3 contra um 4-3-2. Foi aí que começou a perder a batalha do meio campo. Depois das substituições e com ou sem expulsão os desequilíbrios no ataque deixaram de existir, Robben continuava escondido atrás de um grande Miguel e Kuyt era uma nulidade que fazia lembrar os 3 pontas-de-lança portugueses.
Tudo ficaria calmo até ao fim se não fosse a falta de Fair Play holandesa que provocou o primeiro amarelo a Deco (para a próxima arranca-lhe a perna, pá!) e o rigor britânico de Ivanov (já estava a pensar em ajudar Inglaterra nos quartos de final) provocou o segundo amarelo. Van Basten perdeu o medo e ganhou Hesselink, para o jogo aéreo. Fez mais que Kuyt mas o desespero era demasiado e Portugal chegou sempre à baliza de Van der Sar com mais perigo, acabando o festival Ivanov com uma expulsão de Gio numa falta normal. A Inglaterra agradeceu que este fosse o jogo com mais cartões da História do Mundial. Portugal não vai ter Deco nem Costinha, mas vai ter uma grande força interior para vencer os ingleses, basta convencer os jogadores que foram vítimas, tal como os holandeses, de uma arbitragem a pensar no longo prazo.
Melhor em Campo: Ricardo Carvalho
3 espinhos:
Foi um sofrimento incrivel...ganhamos...os proximos que se cuidem!!!!!!
http://maistopas.blogspot.com/
Foi mas é uma palhaçada a toda a prova. Desde o minuto sete, com uma patada de meter medo que só levou amarelo. Parecia carnaval, com tantos confettis coloridos...
Valha-nos o facto inédito de o Sr Sepp Blatter ter vindo no fim do jogo cascar no árbitro. Mas sempre gostava de saber se o dito cujo recebeu alguma caixa de chá da Índia, ou de queijo cheddar, ou bilhetes para jogos do Chelsea...
concordo com a eleição do Ricardo Carvalho para melhor jogador, foi insuperável.
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