quinta-feira, setembro 25, 2003

Setembro

(1ª Parte)
Defendo que as vidas não podem ser somadas, (sobre isso escreverei um post em breve), um homem na plenitude das suas faculdades que é capaz de matar uma pessoa também é capaz de matar tantas outras, e um regime capaz de assassinar uma pessoa por interesse é um regime tão cruel como o que mata milhões. Prefiro uma ditadura que não mata ninguém (se é que as há) que uma democracia que assassina um único homem.
Os Estados Unidos são uma “democracia” que matou mais gente que muitas ditaduras, e posso nem falar dos condenados à morte. Há muitos onzes de Setembros provocados por este país no estrangeiro, assim como os extremistas provocaram aquele fatídico dia no estrangeiro do Afeganistão Posso estar a ser um pouco polémico, mas para mim regime talibã é tão criticável como o Americano, o Cubano, o Chileno ou o Soviético, são (ou foram) todos fundamentalistas, matam (ou mataram) para progredir. A democracia portuguesa está muito à frente porque nunca matou ninguém.
Enumeremos então algumas intervenções da “democracia” americana no exterior.
-A expansão americana para o Oeste, deu-se a partir da repressão e exterminação das raças autóctones, tendo as suas terras sido compradas pelos americanos a colónias europeias sem o seu consentimento. Hoje, os ameríndios “sobreviventes” têm direito a reservas.
-Aproveitando as invasões Napoleónicas de Espanha, em 1811 Congresso dos Estados Unidos aprovou invadir a Flórida (Nessa altura pertença da Espanha), alegando a defesa do seu próprio território e referindo ser uma ocupação provisória. Anos depois compra o território a preço de saldo aos espanhóis.
-O Texas pertencera primeiro à Coroa Espanhola e depois ao México. No entanto era um local de emigração e o congresso Mexicano concedeu 30.000 hectares de terreno gratuito a 300 famílias anglo-saxónicas, estas reintroduziram a escravatura, e o Governo Mexicano autorizou-a como excepção. Mais tarde alguns aventureiros destas famílias fizeram diversas tentativas de independência, sendo apoiados em termos de armamento pelos E.U.A.. Em 1836 essa independência foi alcançada, e não causou nenhuma surpresa a posterior entrada do Texas na União como estado esclavagista.
-Seguiu-se o Anschluss do Novo México e Califórnia (Mexicana na altura). Neste último caso, uma “expedição científica” ocupou por engano o Porto de Monterrey com tropas, que voltaram a embarcar perante a firmeza das autoridades Mexicanas. Mais tarde, as escaramuças entre patrulhas fronteiriças dos dois países serviram de pretexto para declarar uma guerra, e após nova declaração de independência de aventureiros Californianos (República do Urso), a entrada de um novo Estado na União foi óbvia.