Casa
No domingo senti a alegria, não a felicidade, a alegria. Senti-me confortável e gostei do espectáculo, mas senti-me noutro país, senti algo belo mas que ainda não é meu. A cadeira onde eu me sentei não era a mesma, era muito mais confortável, mas não era a mesma.
Não foi saudade o que senti (a saudade não serve para nada, só para a depressão), apenas me senti noutro país, um país que não é o meu, um país evoluído, talvez tenha sido isso. Desci a alameda, a fronteira com um país que não é do terceiro mundo e disseram-me que ia viver para lá. É uma sensação desconfortável. Um conforto desconfortável.
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