domingo, abril 08, 2007

Benfica - Porto (O Relvado)















Muitíssimo atrasado, e após vários pedidos, vou fazer a análise à minha deslocação a Lisboa, nomeadamente àquele estadiozeco vermelho e branco.
Começo pela análise ao que se passou no relvado (A análise ao extra-relvado ficará para depois). Jesualdo lembrou-se que jogava contra um 4-4-2 e desta vez não se enganou e povoou o meio campo também com 4 jogadores. Naturalmente eu preferia o 3-4-3 do ano passado, mas admito que este losango que jogou contra o Benfica também teria hipóteses de vingar, embora ofensivamente fosse mais limitado. E é certo que dominou toda a primeira parte. Lucho estava claramente em défice físico mas com um sentido táctico perfeito preenchia os espaços à zona como ninguém, perdia sempre em velocidade mas ganhava sempre a posição. Paulo Assunção e Raúl Meireles cumpriam bem o seu papel sendo mais pressionantes e Jorginho na ponta do losango mostrava que na sua posição natural joga muito melhor do que quando é encostado aos flancos. Quem domina o meio campo domina o jogo e o Porto com igualdade numérica e melhores executantes dominou facilmente Petit, Katsouranis, Simão e Karagounis. O golo foi apenas uma consequência desse domínio e até ao intervalo tudo correu com eficácia e simplicidade. Na segunda parte saiu Katsouranis e entrou Rui Costa, os primeiros minutos foram de natral reacção benfiquista mas com o tempo o Porto voltou ao domínio embora apoquentado pela lesão de Raúl Meireles, que tem melhor capacidade de contensão e sentido táctico que o adaptado Cech. Não existiram muitos lances de perigo até à substituição que se revelou fatal, sai Jorginho e entra Rentería. Desfaz-se o 4-4-2, regressa o 4-3-3 e a inferioridade numérica no meio campo. Não posso acusar Jesualdo de medroso desta vez, mas não consigo perceber porque se despovoou o meio campo retirando um dos elementos mais importantes na transição. O erro foi a substituição e não Rentería, este poderia ter entrado para o lugar de Quaresma ou Adriano mas nunca para o de Jorginho. Quanto muito entrava Anderson, já protegido pela saída de Katsouranis.
Com este erro Petit ficou solto tal como Miguel Veloso também ficou na semana anterior. Entre remates de longe e simulações foi encostando o Porto para trás e o golo não foi mais que uma consequência de uma substituição errada. Quando saí do estádio o empate sabia a pouco, mas continuávamos a depender unicamente de nós.

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