Touro Enraivecido (1980)
Começo hoje uma série de crónicas sobre filmes que vou (re)vendo. Podem ser bons, maus, não interessa, desde que sinta que deva escrever algo sobre eles, posto aqui.
Raging Bull faz parte da colecção de cromos que Scorcese fez da cidade de Nova Iorque. Depois do Taxista traumatizado de guerra (Taxi Driver) surge o Boxer que nunca cai ao chão.
Robert de Niro (Jake LaMotta) faz um dos papéis da sua vida e ganha o Óscar de melhor actor. É um filme muito centrado no desempenho do actor, feito para ele brilhar, uma personagem que evolui, partindo do primeiro combate e acabando como Stand Up Comedian em clubes rascas. Não é uma personagem com a densidade de um Michael Corleone do Padrinho, mas De Niro não falha.
A fotografia remete-nos para um preto e branco que por um lado data o filme e por outro retira o vermelho do sangue à semelhança de Psico de Hitchcock. A violência de Scorcese nunca é gratuíta e surge porque tem de surgir, não há censura mas também não há exagero. É natural no submundo e na vida doméstica de LaMotta (que ainda está vivo).
O que este flme traz de novo é a maneira de filmar combates de boxe, que sai dos parâmetros habituais e entra no ringue. Não é por acaso que ganhou o Óscar de melhor edição.
Não sendo uma obra-prima é um filme a ver.
Uma nota final com ligações a Portugal para referir que Marcel Cerdan, a quem LaMotta roubou o título de mundial morreu num desastre aéreo nos Açores quando se deslocava para a repetição do combate entre ambos. Cerdan era amante de Edith Piaf. Que mundo pequeno
Imdb
Etiquetas: Cinema, Martin Scorcese
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