quarta-feira, agosto 27, 2003

Atletismo

Nos Mundiais de Atletismo de Paris, surgiu uma nova moda, a contratação de atletas tal como se faz no futebol. O Qatar acabou de contratar ao Quénia dois jovens promissores a custo zero. Depois de vários meses de negociações, os atletas não chegaram a acordo com os dirigentes para a renovação do Bilhete de Identidade e ao abrigo da lei Bosman transferiram-se para a equipa árabe. Têm agora uma melhoria considerável nos ordenados e uma claúsula de rescisão altíssima. A nova coqueluche do deserto, Stephen Cherono, virou Saif Saaeed Shaheen e já prometeu ir ao Qatar uma vez de dez em dez anos e aprender a dizer Olá em árabe. É considerada a transferência do ano após ter ganho a corrida dos 3 mil metros obstáculos.
Quem pode estar de malas aviadas para a Papua Nova Guiné é Rui Silva, que exige uma melhoria das condições salariais, caso contrário rescinde o Bilhete de Identidade com Portugal. Já ameaçou assinar com a equipa Oceânica passando a chamar-se Makatumba Tumba Tumba e as suas capacidades prometem pulverizar os recordes nacionais daquele país, desde os 110 metros barreiras ao 3000m obstáculos, passando pelo salto à vara e pelo lançamento do dardo. É que por aquelas paragens ainda não se construiu uma pista de atletismo e é mais fácil investir na contratação de estrangeiros do que na dinamização do desporto local.
Viva a nova ordem mundial!