terça-feira, fevereiro 24, 2004

Deus

Peço imensa desculpa, mas depois de centenas de páginas fechado entre parêntesis a engolir tudo o que não gosto de ouvir, tenho que falar. Como é possível dizer que a poesia só está alcance do homem, como é possível? Como é possível colocar o ser que mais destruiu a Terra num Éden inacessível aos demais? É inconcebível, pelo menos para mim. Sim eu, peço desculpa por não me ter apresentado antes de começar este discurso. Eu sou o narrador desta história, não o autor, sou o narrador, aquele que ninguém repara quando lê livros como este, ou seja, escritos na terceira pessoa. Eu sou tudo o que há nesta história, sou as árvores, as flores, os caminhos, as viagens e tudo o que é poesia. Eu não sou humano mas sou poeta, eu sou o mundo e a poesia não está nos poemas, está em mim, nos Himalaias, no Evereste, no vento, nos rios e no mar. Mar, essa palavra utilizada por muitos homens que se dizem mais poetas que eu mas que só precisam dela para rimar com os verbos da primeira conjugação. Verdade ou Mentira? A minha poesia não tem rimas nem métrica, tem o ritmo que é o tempo e o tempo acabo por ser eu. Sou eu que decido as pausas, os capítulos, as páginas do livro, eu sou tudo e estou presente em todo lado, no pensamento do escritor, no pensamento do leitor, no pensamento das personagens. Elas sem mim não estariam vivas porque sou eu que lhes dou voz. Sou eu que as crio com as minhas palavras, sou eu que as levo quando não me apetecer continuar a contar esta história. E se continuam com esta arrogância paro já aqui. Só posso falar entre parêntesis e os parêntesis são o que são, nunca posso exprimir as minhas opiniões como as personagens. Sei que as personagens são parte de mim, mas não são todo o meu ego. Eu sou algo mais abrangente, sou omnipresente, sou omnipotente.
Eu sou Deus, ponto final parágrafo.
O Deus da literatura é o narrador, está em todo lado, sabe tudo, apenas conta o que quer, controla o tempo, anda para a frente e para trás como lhe apetece, cria tudo, é tudo. Eu sou o céu, a terra, as coisas visíveis e invisíveis, não sou aquele homenzinho de longas barbas que está lá em cima a mandar trovões para os homens que se portam mal, sentadinho do lado do esquerdo do filho, com uma túnica branca até aos pés, descalço, que salta de nuvem em nuvem e que nos livros de banda desenhada fala por um balão com a seta apontada para cima. Aliás, eu sou algo para além do deus da narrativa, sou o Deus de todos os Homens. É fácil de explicar, somos todos um, as letras presentes nesta folha são árvores crescendo na mente do leitor, transformam-se nas feições e traços dos rostos das personagens, as palavras e os capítulos, as frases e as linhas, tudo é o narrador, aquela voz invisível que conta a história, o deus da narrativa. Mas o que é o deus da narrativa senão uma parte de Deus? O narrador, que conta a história na terceira pessoa é nada mais do que um dedo do Deus global, um dedo, um glóbulo vermelho ou uma mitocôndria, as dimensões não têm qualquer importância. Deus é tudo, o visível e o invisível. Para o provar posso fazer uma pequena comparação, se Newton e vários cientistas iguais ao litro deram o seu próprio nome a uma unidade de medida por si inventada, seja ela do sistema internacional, nacional, distrital ou concelhio, Deus também pode dar o seu nome a todas as unidades que criou, e se Deus criou tudo, então tudo se chama Deus. Por isso eu, como omnipresente, sou Deus da narrativa e de todo o universo real e imaginário e com todos estes factos é impossível argumentar contra a minha inexistência e até os ateus são parte de mim. Todos os seres são o espaço que ocupam e se eu estou em todo lado, eu sou o Todo O Lado, incluindo os Homens.
Sou fiel, porque sou Maria e José ao mesmo tempo, não ando a fazer filhos a ninguém que não seja minha mulher pois sendo eu tudo, sou também o marido de Maria, que me deu um filho Jesus. Jesus, José, Joaquim, Fernando, Sofia, James, Leandro, todos que vivem e viveram no mundo ou neste livro são meus filhos, fui eu que os criei e mesmo assim desprezam-me. Dizem-se ateus e não vêem que eu existo em tudo e neles próprios., quem se auto-intitulou ateu é alguém que não acredita em si mesmo. Dizem-se Cristãos, Muçulmanos e Judeus, lutam, fazem guerras destruindo-me, porque eles são eu. Ninguém me compreende, ninguém percebe que a melhor maneira de rezar é olhar para dentro e ver o mal que se faz, a si próprio e ao mundo, a melhor maneira de rezar não é unir as duas mãos e apontá-las para o céu, mas afastá-las o suficiente para abraçar alguém.
Ainda não percebi essa história do céu, porque eu tanto estou no céu como na terra como em todos os outros planetas, ou melhor eu sou o céu a terra e todos os outros planetas. Talvez esteja a ser demasiado repetitivo mas a perfeição apoia-se na coerência, e eu sou perfeito, sou coerente quando quero, incoerente quando quero, faço tudo o que me apetece, na altura que me apetece, graças a deus. Se eu quisesse ficar revoltado na primeira página do livro ficava, mas não quis, apenas fiquei agora, porque uma última gota fez erguer o meu oceano e para quem não sabe eu sou Neptuno. Neptuno, Mercúrio e Vénus, Zeus e Júpiter, Atenas e Cupido, todos se reúnem em mim, porque só existem quando eu quero falar deles. E se eu quiser aliar Deuses Gregos e Romanos eles aliam-se, e se eu quiser aliar Deus e Alá eu alio-me a mim próprio. Mas quando quero unir Judeus e Muçulmanos, não consigo. Ou melhor, consigo apenas no livro, apenas na ficção. Eu sou Maomé, eu sou Moisés, eu sou Jesus e eu sou Abraão, num livro ou na realidade, todos são frutos da minha carne, na vida e na morte. Porque eu não sou só vida, também sou morte, e depois vida outra vez, segue-se nova morte e nova vida, eu reencarno, eu sou a reencarnação, eu ressuscito e crio a ressurreição. Eu escolhi que o Carnaval vem depois do Natal e antes da Páscoa, pelo menos assim foi decidido, mas se me lembrar de mudar, tudo ficará diferente. Eu quero, eu sonho e faço nascer a obra, porque para se ser perfeito tem de se ter sonhos e dizem-se eles, Homens, os únicos capazes de sonhar, de criar poesia. Só a criam porque são migalhas de mim, o verdadeiro poeta sou eu, os Himalaias não serão poesia? O Marão não será poesia? E o oceano? E o deserto? Não terei sido eu a criá-los? E não é lá que os poetas vão buscar inspiração? Até este tal Karma, o qual inventei numa qualquer página, foi buscar inspiração ao deserto. Se eu não tivesse construído os desertos com as minhas próprias mãos, o poema nunca existiria e por esta altura o romance não teria acontecido, estava o James na sua casinha e no seu jardinzinho, Fernando no seu paísinho, Leandro na sua praiazinha e Sofia nas suas guerrinhas.
Só agora reparei que os homens dizem-se donos da poesia, sou omnipresente mas às vezes ando um pouco distraído, porque se não andasse, também não tinha criado o Homem, algo de que estou bastante arrependido. Não o criei à minha imagem como muitos dizem, a minha imagem é demasiado abrangente para se reduzir ao Homem. O Homem é apenas um ponto negro num universo de pontos negros, a única diferença é que ele altera a imagem do universo e a minha imagem por concomitância, tornando-a ainda mais negra que o negro, mais feia que o deus me livre. Eu me livre disso! Antes eu era rios que corriam para o mar, hoje sou diques e canais, antes era terra que se prolongava até ao infinito, hoje sou muros e fronteiras, antes era liberdade a voar de ramo para ramo, hoje vivo escondido atrás das grades, antes tinha penas brancas, hoje tenho pena do estado em que estou e brancas no cabelo. Ando a ficar velho, dizem que nasci numa grande explosão, o ovo que era eu explodiu, passaram muitos livros desde esse tempo, cresci, cresci sem parar, mas tudo passou tão depressa, à velocidade da luz. Agora encontro-me aqui, sozinho, filho único de pais incógnitos, a perceber que a minha vida não serviu de nada. Não demorei seis páginas e descansei à sétima, demorei milhões de bibliotecas e ainda hoje trabalho, sem uma linha de descanso, de dia e de noite. As minhas criações são o que são, e as palavras são parcas para as caracterizar, sobretudo esta, tão pequena quanto cruel, tão frágil quanto ignóbil, tão ínfima quanto dominadora chamada Homem. Não era este o mundo que eu queria, eu não sou o Deus que sonhei ser, chego a pensar: Como era bom ser um Deus com defeitos como os gregos, como era bom ser um homem como outro qualquer que eu criei, irresponsável, mortal, com um pensamento que só fica gravado em livros ou pedras, não na totalidade do universo como o meu. Como desejava ter um pai e uma mãe, tenho um autor é certo, mas mesmo ele parece demarcar-se das minhas posições. Até acabo por não ter posições, eu tenho que ser tudo, o bem e o mal, o Deus e o Diabo. Lúcifer não era só o meu melhor anjo, o mais perfeito, o que queria ser igual a mim, Lúcifer era e sou eu, Lúcifer foi criado por mim numa segunda geração. Deus Gerou o Homem, o Homem gerou Lúcifer. Quem é esse Homem que até criou os inimigos de Deus? Como é que eu posso ter inimigos se eu sou tudo? O Homem pensa que sou vingativo como ele, mas não sou. O homem criou Deus à sua imagem, a verdade é essa, sem tirar nem pôr. Gosta de fazer orações e mais orações, tudo com interesses por trás, pedidos e mais pedidos, se os pedidos que o Homem me faz fossem escritos em papel, três mil florestas amazónicas seriam destruídas a pedido das fábricas de celulose e os oceanos não teriam água mas tinta. Podia ter criado apenas oceanos na Terra, pelo menos os peixes respeitam-me, comem-se uns aos outros mas respeitam-me. E eu quero ser respeitado.
É tudo o que eu quero. Respeito, que respeitem a liberdade que dei ao mundo, apesar de me chamarem ditador. Que ditador é este que constrói o mundo sem fronteiras? Que ditador é este que oferece comida a todos sem exigir nada em troca? Que ditador é este que é assassinado todos os livros e não se vinga? Que ditador é este que nada censura, nada reprime? A minha única ordem foi a liberdade, mas não a souberam respeitar. Não fui eu que construí as prisões, foi o Homem, nem o arame farpado, foi o Homem, nem as fronteiras, foi o Homem, nem mesmo as igrejas, foi o Homem, porque eu não necessito de ser louvado em igrejas, preciso de ser sentido. Sou louvado todas as páginas, mesmo por quem não me respeita, porque o único ser que além de me louvar também me respeita é o louva-a-deus, um animal que nem me conhece. Existo para ser usado, há pessoas que só acreditam em mim para me pedirem, há criminosos que se agarram ao dinheiro quando o meu lema é partilhar. Dinheiro, nunca escrevi esta palavra na minha narrativa. Este mundo que eu criei como narrador não tem dinheiro, porque eu detesto o dinheiro, porque todos os males do mundo estão ligados ao dinheiro. Se alguém nos capítulos de hoje é preso, é pelo dinheiro. Se há assassinos é pelo dinheiro. Se há alguma guerra é pelo dinheiro. Se morrem milhões de pessoas à fome no mundo inteiro é pelo dinheiro. Se um emigrante nigeriano morre à sede a atravessar o deserto do Sahara é porque vai em busca do dinheiro na Europa. E tudo o que de bom acontece? Para a amizade é necessário algum dinheiro? Para o amor é necessário algum dinheiro? Para a dignidade é necessário algum dinheiro? Para a poesia é necessário algum dinheiro? Para a vida é necessário algum dinheiro? Sim, para a vida é, porque é necessário comer e beber. Homens… quem os compreende? Pelo menos Sam, Sofia ou Leandro vivem sem dinheiro e apesar de tudo vivem mais perto da felicidade, têm um mundo mais verdadeiro. Com ventos e chuvas, com frio e calor, mas sem dinheiro. Talvez por essa razão Karma disse que é o Homem a criar poesia, porque não conhece o Homem do dinheiro. Aquele Homem que procura a felicidade em folhas verdes com a cara de um careca qualquer lá estampada, o Homem que se sente feliz em frente a uma máquina com três cilindros a rodar, cheio de luzinhas brilhantes e sons tilintantes, o Homem que salta e grita da forma mais animalesca possível quando encontra um pedaço redondo de cobre no chão. Karma não conhece esse Homem da realidade, conhece apenas o da ficção, aquele que não teve a desinteligência suficiente para criar divisas, notas, moedas e acções, letras, facturas e inflações, cartões de débito, recibos e cartões de crédito. E depois recibos verdes, impostos de valor acrescentado, impostos de rendimentos colectivos, cheques, livros de cheques, vales postais e selos. Offshores, zonas francas, e mercados comuns, bancos e Banca, carteiras e carteiristas, correctores e corruptores. Que sorte tem Karma que nunca ouviu falar numa realidade fantasmagórica como esta. Bem pode ele iludir-se quanto às capacidades do Homem. Pelo menos nesta narrativa, milhares e milhares de bibliotecas depois do primeiro Deus criar o primeiro Homem, este deus criou a nova espécie, que não vai de modo nenhum contra as teorias evolucionistas, pois é mais inteligente que todos os outros. Esta nova espécie chama-se Homem Sem Dinheiro como nome comum ou Homo Sine Pecunia em latim, tornando-se assim a única espécie classificada com três palavras. E porquê a primeira? Porque eu quero, sou Deus e assim seja.
O pior é que para mal dos meus pecados, perdi o meu auto-controlo, devia de ter pensado mais antes de construir este mundo, antes de me construir a mim próprio. Como foi possível ter criado as touradas? Como foi possível ter criado as guerras? Como foi possível ter criado o ódio, a raiva e a angústia? Não me arrependo de ter criado a morte, cada um tem o seu tempo, mas arrependo-me de ter criado o verbo matar. Como seria possível impedir o homem de matar? Ele é incontrolável, mesmo quando pensa acreditar em mim. Espalhar a minha palavra é o antónimo do acto de matar, mas todos os dias são assassinados homens em meu nome. Porquê? Pergunto eu, porquê?. Não me deixam escrever direito nem por linhas tortas, precisava era de uma folha em branco para começar de novo, porque mesmo sendo perfeito cometi erros aos biliões. No entanto posso desculpar-me, dizer que foi o primeiro universo que criei e não tinha nem dicionários nem gramática, que tão pouco tive pai ou mãe, e que como auto-didacta que sou não tive universidades ou escolas para aprender, caiu-me tudo do céu. e acabei por construir uma Terra com mais ódios que poesia, mais horror que amor, a minha frustração reside aí, onde a amizade acaba e a vingança começa. Não quando ouço o Karma a dizer que só os Homens fazem poesia. Karma é apenas uma personagem, não tem culpa de ignorar as injustiças que me fizeram, trair quem nos criou é trair-nos a nós mesmos e o homem trai-me e trai-se a si próprio. Karma não tem culpa, mas eu precisava de erguer a minha voz, precisava de ser ouvido na primeira pessoa e deixar de me subjugar à terceira ou ficar enjaulado entre dois parêntesis, na liberdade condicional que me foi concedida neste livro. Alguém me pediu para dizer o que penso, fazer umas ironias mas sempre entre parêntesis, e se me portasse mal tiravam-me o pio. E lá aceitei, como um varredor de um cemitério alentejano aceita falar do cultivo da papaia nos Açores desde que lhe prometam que aparece na televisão às cinco da manhã num canal qualquer de um gueto da televisão por cabo. Aceitei falar, porque mesmo às cinco da manhã há pessoas que estão acordadas para me ouvirem, basta uma, apenas uma que me ouça, para me sentir contente por ter falado, por ter dito o que quero e penso, por dizer pela primeira vez que afinal tenho defeitos como qualquer outro Deus. Eu sei que sou o único, mas também não tenho culpa disso, eles é que não quiseram existir, eu sou o tudo e ninguém quis ser o mais-que-tudo. Assim fiquei sozinho sendo a solidão ao mesmo tempo.

Sou solidão,
sou sentimento,
e serotonina ao mesmo tempo,
com tristeza ao sabor do vento.
Sou tudo e nada
Porque o nada é tudo
Sou Canaã
Sou Belém
Sou Buda
E Jerusalém
Sou Poesia
E prosa também

Não quero é fazer drama, não quero que chorem por mim, porque para chorar já cá estou eu, desejo a mudança, que os homens sejam mais livres, que não rezem mas falem comigo. Pensem em mim! Pensem em mim não como Deus mas sim como o universo e a Terra, apercebam-se que quando me destroem também estão eles próprios a destruirem-se. Posso estar arrependido de criar um ser tão malévolo, mas deus que é Deus não é vingativo, por isso não vou destruir o Homem mesmo que ele me ande a destruir, temo é que seja ele a destruir a sua própria espécie e aí nada poderei fazer, seja feita a vontade do Jomem assim na terra como no céu. Mas não digam que não avisei, o meu coração está em todo o lado graças a mim, mesmo entre parêntesis, mesmo ao ironizar, mesmo quando falo por esta voz, ou pelos sinais de fumo que vou dando por todo o mundo e por todos os livros. Mas agora, concedida esta liberdade, não vou deixar de contar a narrativa até ao fim, não vou faltar ao respeito a um leitor que quer ler um final com ponto final e não com um fechar de parêntesis. E agora, pela minha liberdade, não vou fechar os parêntesis que abri há pouco, porque mereço envolver-me na História, e Deus queira que o leitor perceba os meus mandamentos. De qualquer forma confio nas capacidades do leitor, pois se conseguiu aguentar a leitura de letras e mais letras, palavras e mais palavras, frases e mais frases, com certeza que também tem capacidades para me entender, e assim seja mais uma vez. Esta é a minha palavra, espero que a ouçam. Reparei agora que começo a cair nos mesmos erros do Homem, confiando no destino que sou eu, confiando no túnel com uma luz ao fundo, mesmo sem saber se é a do luz do tê gê vê que se aproxima a duzentos quilómetros por linha ou do sol que se aproxima a oito capítulos-luz.. Começo a exultar ámens e graças a deus, e esqueço-me que deus sou eu, um deus sem regras, um deus sem poder, um deus frustrado e um deus a morrer. Resta-me a esperança de passar por baixo do tê gê vê e pelas trevas encontrar o meu caminho, mas poucas esperanças tenho e a noite está a chegar à velocidade da luz. Vou começando a dormir aos poucos, o fim está próximo, mas para alguma coisa ainda hei de ser deus, mesmo que para já apenas tenha como missão terminar este post. Termino sem pontuação, à minha imagem, sem regras e seja o que deus quiser. Adeus