quinta-feira, janeiro 29, 2004

Imortalidade

Não! Não vou falar do romance homónimo de Milan Kundera, vou antes escrever o que penso desta matéria tão divina como agnóstica.
O melhor conceito de imortalidade seria dado por uma amiga minha, de nome Aura Silva:
-A imortalidade é o número de pessoas que não morre num ano por metro de quadrado de população.
No entanto, como esta definição estaria mais adequada a algo como "Taxa de Imortalidade" e como ainda não descobri o que é um metro quadrado de população, vou falar da minha filosofia da imortalidade.
A imortalidade pode existir, a imortalidade é a existência de alguém prolongada até ao fim da civilização humana. Importa então distinguir existência e vida. A vida é o periodo de tempo que separa o nascimento da morte física (Grande conclusão! Estar vivo é o contrário de estar morto!), a existência nasce com a vida e só morre quando a nossa última imagem desaparecer. Seja pela morte da última pessoa que nos conhecia, seja pelo esquecimento por parte dessa pessoa, seja pelo desaparecimento do último pedaço físico que nos identifica.
Por este prisma, Leandro da Vinci não vive mas existe e existirá até que ninguém mais se lembre dele. Falo dele como podia falar de Platão, de Jesus Cristo, de Joana D'Arc, de Einstein e não nego que também posso acrescentar, contrastando com nomes tão positivos, pessoas como Adolf Hitler, Saddam Hussein e George W. Bush. Para mal dos nossos pecados estes 3 ainda existem.
Ser imortal é então um objectivo comum a todos os homens, esperemos é que o queiram ser pela positiva.