Espinha
Este deveria ser o diagrama de integração entre o metro do porto e os transportes colectivos. O metro deve ser a coluna vertebral e os transportes colectivos as espinhas que vão buscar as pessoas à porta de casa e as transportam dentro da sua zona até a um meio que as leve bem rápido para um local longínquo na AMP.
Deveria ser, porque se nos lembrarmos do U de Matosinhos ou do desvio para o centro da Maia percebemos que estamos em Portugal, e em Portugal os peixes são quadriculados.
De qualquer forma a estrutura radial ainda poderá existir. Na linha Hospital de S. João Santo Ovídeo e na Linha da Póvoa (apesar do estranho aumento de estações) por exemplo.
Foi nesse sentido que interpelei o Presidente da Junta de Mindelo a semana passada. A estação está a mais de 3km da praia e se ele tem medo do tráfego que irá existir devido à estação porque é que não luta por uma linha de autocarros que faça essa ligação? A sua resposta foi rápida: Onde não há procura não há mercado.
Mas ele não faz o papel do estado, não deverá controlar o mercado? Seria mais barato para a junta comprar um mini-autocarro que fizesse esse percurso e pagar ao respectivo mortorista do que andar a construir ruas novas por aí. E mesmo que não queira comprar, se a câmara concessiona os transportes a uma empresa inglesa que tão más condições oferece aos seus utentes, porque não haverá de exigir linhas integradas com o metro?
Não percebo. Criticam o metro por não fazer obras aqui e ali de passagens desniveladas e acham que o sistema de transportes que controlam é óptimo. Quem tem um telhado de vidro destes não devia andar a atirar pedras para o ar.
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