sábado, dezembro 18, 2004

Rio

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Sobre a nova guerra entre Rio e Pinto, há que esclarecer algo que anda um pouco esquecido.
O senhor que na fotografia aperta a mão ao ex-presidente do seu Boavista e que tanto se mostra insensível ao futebol é um adepto ferveroso e sócio cativo do clube do Bessa.
Basta recuar à época 2000/01, quando os 11 caceteiros do Boavista foram campeões nacionais para ouvir uma entrevista radiofónica antes do decisivo Boavista- Desportivo das Aves que desmascara Rui Rio. Cito de cor as palavras daquele que ainda era um candidato à Câmara do Porto: Convidaram-me para o camarote presidencial mas não vou, quero ir para o meu cativo porque me dá sorte.
Não vejo nada criticável nestas palavras tirando o facto de querer que uma equipa de caceteiros seja campeã. Mas quem tem um discurso destes deve assumir os seus gostos e não andar a fingir que odeia futebol só porque teve uma birra com o maior clube da cidade na ânsia de ganhar protagonismo. Teve azar porque no seu reinado o Porto ganhou tudo o que havia para ganhar, e se hoje todo o mundo conhece a palavra Porto, não é por causa do vinho nem do património mundial, é por causa do clube e por concomitância do presidente Pinto da Costa.
Não sou a favor de promiscuidade entre o futebol e a política, mas qual é o mal em receber e elogiar os melhores do mundo? Só ele (que não gosta de futebol) é que não viu nenhum dos três mil japoneses que tinham parte do brazão da cidade encostado ao peito por cima de uma bolda de futebol em Yokohama. Só ele é cego.