Dossiê - Norte (2)
A Região Norte é a mais populosa de Portugal possui características demográficas que podem ser bastante positivas para um futuro desenvolvimento. Tem uma das populações mais jovens da Europa dos 15 e o aumento da população em idade activa será bastante acentuado nos próximos 20 anos. Existe também um crescimento da população e um saldo migratório e natural positivo.
Apesar destes factores que pressupõem grandes oportunidades de crescimento, o PIB per Capita é bastante reduzido (daí a região ser considerada Objectivo 1), inferior às outras NUTS II portuguesas. O crescimento do Produto Interno Bruto está pouco acima da média europeia, não cumprindo assim os objectivos de coesão para esta região.
O Norte é a região do país mais industrializada (sobretudo na vertente litoral), sendo o seu interior mais utilizado nos trabalhos agrícolas. Para já o desemprego não será um problema comparado com o resto da união, mas o seu crescimento nos últimos anos pode ser perigoso. Um dos problemas neste campo é o reduzido nível de ensino da população, ao qual acresce um investimento reduzido na Investigação e Desenvolvimento quando se compara com a região de Lisboa.
Em termos infra-estruturais ainda existem grandes diferenças em relação à Europa, sendo menos de 80% da população servida por uma rede de abastecimento de água. No campo dos transportes, o facto de ser uma região periférica prejudica o rápido acesso aos mais importantes centros de decisão.
A Região Norte vive, portanto, num dilema. Se por um lado a população parece ter uma grande dinâmica em contraponto com o arrefecimento das taxas em toda a Europa, por outro o seu PIB per Capita é reduzido e tende a aumentar pouco, a população é pouco qualificada, há um prejuízo no investimento em I&D em relação a Lisboa e as infra-estruturas não estão ao nível dos outros países.
Por fim, há que referir que deverá existir uma grande discrepância entre as NUTS III do litoral e as do interior. A Área Metropolitana do Porto tem características bastante diferentes do Alto Douro, sendo os valores para a região algo entre as duas extremidades. Existe também uma reduzida coesão da interna, não se sabendo se a aposta deverá passar pelo reforço do Porto como grande porta de entrada na região ou no desenvolvimento das zonas mais deprimidas.
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