terça-feira, maio 18, 2004

O Louco (3)

Ontem foi a estreia. Sala cheia, público vibrante, colegas inesquecíveis. Só podia ser uma noite perfeita. Restam apenas dois dias.

sexta-feira, maio 14, 2004

O Louco (2)

A estreia aproxima-se, hoje foi dia de tratar da logística, entregar panfletos, enviar e-mails, trazer material cenográfico para o auditório e ensaiar. O ensaio de hoje será ao ar livre e só amanhã regressaremos ao auditório de vez.

Escrevi ontem a sinopse:

"Sabem como fiquei louco?" é o mote para a história de um louco que vê o seu ego multiplicado pela esquizofrenia das personagens. A aura de loucura que envolve a época contemporânea assume uma metamorfose em palco e dança uma valsa invisível. Na dança do subconsciente todos se encontram: Deus e a noite, a alegria e a tristeza, o Outono e a Primavera, Principes e Reis, Bruxas e Ministros. Juntos procuram o caminho impossível para a lucidez.

quarta-feira, maio 12, 2004

O Louco

Nos dias 17, 18 e 19 de Maio às 22h no Grande Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, vai ser apresentada a peça "O Louco" baseada na obra homónima de Khalil Gibran.
O autor deste blogue é um dos actores, e devido aos ensaios não tem podido escrever! De qualquer forma vai tentar dar noticias dos ensaios e relatar na primeira pessoa as ocorrências.

sábado, maio 01, 2004

Senna

Há dez anos a minha prima fez a primeira comunhão, um dia que nunca mais me lembraria se não tivesse visto aquela poça de sangue. Foi a 1 de Maio de 1994 que descobri o que era a morte. Descobri que as referências também morrem, que a vida pode ser cortada por um muro de betão a qualquer momento. Não somos eternos, não morremos apenas quando somos velhos, as poças do sangue aparecem ao dobrar de uma curva. Senna mostrou-me isso, mas preferia que não me mostrasse. Foi um dia de comunhão, foi o dia em que comecei a deixar de acreditar em Deus.