terça-feira, novembro 30, 2004

Religião

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Como já referi em alguns posts sou ateu. E ateu com toda a convicção que existe, talvez a única certeza que eu tenho é o facto de Deus não existir. E se ele (letra minúscula propositada) existisse estaria por esta hora muitíssimo zangado com a sua pessoa (ou o que quer que ele seja). Tive durante oito anos uma educação baseada nos princípios da religião católica, muitas freiras deram-me aulas, muitas vezes fui à missa, acreditei em Deus na minha infância mas com o tempo, e depois de me ter libertado das amarras de uma educação religiosa, deixei de acreditar. Não vou aqui tecer as razões que me fizeram alterar de opinião, este blogue é pessoal e não privado.
Quero antes debruçar-me sobre a condição humana. Não acredito em Deus, não acredito na reencarnação, não acredito na astrologia, não acredito na alma, em que é que acredito? Que nós somos meras reacções químicas e fenómenos físicos? Que apenas estamos cá para que o nosso código genético continue ao longo das vidas? Que a nossa vida não tem nenhum sentido para além dessa evolução genética assente na reprodução?
Sim, é mesmo isso, nem eu seria capaz de fazer perguntas tão objectivas em relação ao meu próprio pensamento! Parabéns Miguel!
Penso isso, e depois? Virá algum mal ao mundo? Sou existencialista? Talvez.
Mas se o nosso ser é um conjunto de substâncias, de correntes eléctricas, de hormonas, podemos utilizar isso para o nosso bem. Eu prefiro activar as substâncias que me dão emoções e sentimentos positivos, prefiro activar substâncias noutras pessoas, que viver preso à ideia que isto não serve para nada. Não serve para nada, mas se pensarmos que serve, vivemos muito melhor.