sexta-feira, maio 13, 2005

O Código dos Da Vinci 4



Capítulo Dois


A poucos quilómetros dali, Litos, o moreno de olhos escuros estacionava o seu Ford Ka ao lado do Assador Típico do Hospital de Santo António. Caminhou pela rua e entrou num bar gay seu conhecido. Naquela hora os néons já estavam desligados e todos os homossexuais tinham saído. Estando em privacidade pegou no telemóvel e ligou ao Orgulhoso:
- Voltei, Orgulhoso. Matei-os a todos, os três Grãos-de-Areia e o Grão-de-Bico.
- Tens a informação?
- Disseram todos o mesmo, todos confirmaram a lendária Chave da Abóbora.
A irmandade tinha concebido um mapa – a Chave da Abóbora – onde era revelado o esconderijo do maior dos segredos… Uma informação tão poderosa que passou a ser a razão da própria existência.
- A Chave da Abóbora encontra-se aqui, no Porto.
- Incrível, demasiado fácil.
Litos contou que o segredo fora contado por todos e estava numa das mais famosas ruas da noite portuense: a Rua da Alegria.
- Dentro de uma casa de alterne – exclamou o Orgulhoso – Eles escarnecem de nós.
- Como sempre fizeram.
- Fizeste um grande serviço ao Orgulho Gay. Há centenas de anos que esperávamos por isto. Agora vais ter que procurar a Abóbora ainda esta noite.

No Intercidades entre Lisboa e Porto vinha Carlão, o líder da Opus Gay. Ia para Campanhã onde se encontraria com o líder da ILGA numa reunião muito importante para o futuro da organização. Aí recebe um telefonema:
- Precisamos da sua ajuda, o Litos tem a Chave da Abóbora.
- O que devo fazer?
- Faça apenas o que lhe digo.