O Código dos Da Vinci
CAPÍTULO QUATRO
A modesta casa de alterne na Rua da Alegria já estava vazia. Apenas umas cadeiras em cima das mesas e um travesti encostado a um canto.
- Posso ir às traseiras?
- Achas que sim, ó mulhére? É tão verdade isso como eu gostar de gajas.
- Eu sou enviado de Carlão
- O presidente da Opus Gay
- Ah, assim deixo-te entrar, nunca mais me esquecerei do material dele.
Litos disse que não precisava de guia e encaminhou-se para o quintal no entanto o travesti ficou a olhar para ele ao longe. Era estranha aquela atitude e não sabia se era o inimigo que sempre temeu.
No quintal, o enviado procurou por uma Abóbora grande e o único exemplar do legume estava mesmo ao lado de uma plantação de cenouras. A abóbora tinha uma linha roxa, cor que sempre foi associada à homossexualidade.
- Afinal era verdade, o roxo sempre é a nossa cor.
A Chave da Abóbora estaria na terra da abóbora, sob o signo da cor rôxa, escavou e encontrou uma pequena caixa dourada.
Lá dentro o travesti descobriu que aquilo era uma heresia, escavar o solo sagrado de uma casa de alterne e passou à acção.
Enquanto o comboio viajava no troço entre Coimbra B e Campanha o Orgulhoso voltou a contactar o Presidente da Opus Gay
- Ó filho, vou-te pedir um favor.
- Que queres senhor?
- Que o Litos só fale comigo.
- E como poderei viver sem o seu amor.
- É uma questão de esperares, só assim ele pode continuar a ser o teu passivo.
- Ok senhor
- Senhora
- Sim mulhére.
O que o Orgulhoso diz é fundamental para o orgulho gay. Por isso a partir daqui Carlão e Litos nunca mais iriam falar, nem mesmo ter relações homossexuais.
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