quarta-feira, setembro 13, 2006

Porque é que Adriaanse mete Jesualdo no bolso

A imagem “http://www.uefa.com/MultimediaFiles/Photo/competitions/UCL/455472_BIGLANDSCAPE.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

O ano passado, por esta altura surgiam as primeiras críticas a Adriaanse, hoje o Retranqueirdo Jesualdo beneficia de um estado de graça que ainda irá durar bastate tempo, e a imprensa de Lisboa estará sempre do lado dele. Na altura não critiquei Adriaanse, dei-lhe o benefício da dúvida, e no final mostrou o que valia como treinador. Muitos sapos foram engolidos, mas um mês depois, na pré-temporada as más línguas já jorravam veneno.
O Retranqueiro Jesualdo não serviu ao Benfica, e quem não serve ao Benfica, tanto pode dar no Deco como pode dar no Sokota, no Sousa ou no Panduru (esta proporcionalidade é a correcta). Um treinador com as suas características é muito bom para o Alverca, jeitosinho para o Braga mas não serve para o Porto. Um exemplo do que é ser retranqueiro: um amigo meu fartou-se de ganhar dinheiro na bwin à custa dele o ano passado. Como? Apostava nos resultados 1-0, 0-1 e 0-0. Vejam os resultados do Braga 2005/06 e digam-me o que terá ganho.
Como podem ver não dou benefício da dúvida, estado de graça ou o que quer que seja. Por mim ia amanhã embora. O jogo de hoje é um exemplo de retranca.
Em primeiro lugar o 4-3-3. Uma equipa que conseguiu adaptar-se ao 3-4-3, algo muito difícil nos dias de hoje, e que começou a jogar bem nesse estilo, tornando-se um azul mecânico, deixa de jogar nesse sistema apenas porque o novo treinador quer jogar como sabe. A minha ideia é que o melhor sistema é aquele que melhor se adapta ao plantel. Bosingwa é um bom defesa direito, mas não é e nunca será um bom lateral direito. Bosingwa é um trinco, não é um homem para ir à linha e para cruzar para a área. Os seus cruzamentos fazem lembrar João Pinto nos seus piores momentos. Ezequias é um central canhoto que alguém decidiu encostar ao lado esquerdo, agora piques e subidas pela esquerda é melhor não contar com ele. Por isso não faz sentido utilizar 4 defesas, ainda para mais contra uma equipa que joga só com 2 jogadores adiantados (Carvalho e Love) e o resto atrás da linha da bola. Estas razões chegam e sobram para dizer que o sistema de 3 defesas adaptava-se muito melhor aos jogadores e ao jogo. Passemos então para as substituições.
Tirar um extremo para meter um ponta de lança é tornar a equipa assimétrica, coxa. Após a saída de Tarik o Porto passou a jogar apenas pela direita, compensando defensivamente Anderson do outro lado. Ainda por cima a direita era o lado onde Bosingwa subia, não existindo sequer um Ezequias ofensivo do lado oposto para as sobras. Nada disso, o deserto. No mínimo, mesmo com o erro cometido na substituição, devia ter encostado Quaresma ao lado esquerdo. Segue-se a saída de Quaresma por Alan, troca por troca, equipa continua coxa. Depois entra Lisandro para o lugar de Adriano e encosta-se mais à esquerda. O que acontece?O regresso à táctica inicial, 4-3-3 de novo. Alterações tácticas? Nenhuma. Qual foi a melhor: a primeira ou a segunda parte?
E reparem que nem sequer estou a criticar a linha inicial ou a colocação dos jogadores, apenas aspectos tácticos, já que não os ando a treinar. Mas, já agora, quem treina não devia reparar que Anderson não tem condições físicas para aguentar os 90 minutos?
Espero estar errado, e no fim do ano dar o braço a torcer como deram os detractores de Adriaanse, mas para mim o Rertranqueiro Jesualdo nunca será treinador para o Porto.

1 espinhos:

Blogger lucho disse...

o sistema de 3 defesas poderia ser um suícidio para o porto, os russos têm uma contra-ofensiva fenomenal...ontem os alas é q n jogaram lá grande coisa e adriano esteve ineficaz...

10:57 da manhã  

Enviar um comentário

<< Atrás