(2ª Parte)
-Seguiu-se uma invasão doMéxico, incluindo a própria capital. No entanto ocorreram motins, e entre os invasores, imigrantes Irlandeses recusaram combater católicos acabando por desertar. O México foi obrigado a assinar um tratado de Paz, recuperando a capital mas ficando amputado de metade do seu território. Foi aí que nasceu o sentimento anti-ianque típico dos latino-americanos.
-Em 1858/9 ocorreu a expedição ao longínquo Paraguai. Uma empresa americana a operar naquele país - Paraguay Navigation Company - foi proibida de exercer a sua actividade por infringir as leis locais. Mais tarde numa atitude provocatória um navio de guerra americano invade as fronteiras do país . A reacção Paraguaia provocou um morto nesse navio. Uma pequena armada de vinte navios invadiu o país sul-americano e o presidente rendeu-se. O Paraguai foi obrigado a indemnizar a família do marinheiro morto e a aceitar o tratado de paz dos Estados Unidos.
-Foram efectuadas várias intervenções entre 1850 e 1900 para obterem a hegemonia em toda a América: Nicarágua, Santo Domingo, Chile, Venezuela, Guiana, Havai, Puerto Rico, Filipinas, Cuba, Guam, Panamá e China. Mark Twain disse: «Pintem-se de Negro as listas brancas e acrescentem-se as tíbias e a caveira onde estão as estrelas»
A reportagem que foi transmitida na RTP1 na última segunda-feria merece os mais rasgados elogios. Conseguiu desmascarar um tráfico de que ninguém fala - animais selvagens. E para aqueles que pensam que o Jardim Zoológico de Lisboa é uma obra de caridade serve de lição, aquilo não são condições para os animais.
O Ministro do Ambiente entrevistado num noticiário posterior reagiu dizendo algo como: Aquelas imagens são chocantes para as crianças, não deviam passar na RTP (Como se ele fosse ministro da informação e se chamasse Mohamed Saeed Al-Sahaf) desviando as atenções de um instituto a seu cargo, o ICN. Eu penso que todas as crianças deveriam ter visto para saberem como não se devem tratar os animais. Os espasmos que eles tinham aterrorizavam qualquer pessoa, mas todos deviam ver aquele electricista a anestesiar como uma sinédoque da qualidade dos serviços do ICN e de toda a política de ambiente deste governo.
(A crítica aos EUA segue dentro de momentos)
(1ª Parte)
Defendo que as vidas não podem ser somadas, (sobre isso escreverei um post em breve), um homem na plenitude das suas faculdades que é capaz de matar uma pessoa também é capaz de matar tantas outras, e um regime capaz de assassinar uma pessoa por interesse é um regime tão cruel como o que mata milhões. Prefiro uma ditadura que não mata ninguém (se é que as há) que uma democracia que assassina um único homem.
Os Estados Unidos são uma “democracia” que matou mais gente que muitas ditaduras, e posso nem falar dos condenados à morte. Há muitos onzes de Setembros provocados por este país no estrangeiro, assim como os extremistas provocaram aquele fatídico dia no estrangeiro do Afeganistão Posso estar a ser um pouco polémico, mas para mim regime talibã é tão criticável como o Americano, o Cubano, o Chileno ou o Soviético, são (ou foram) todos fundamentalistas, matam (ou mataram) para progredir. A democracia portuguesa está muito à frente porque nunca matou ninguém.
Enumeremos então algumas intervenções da “democracia” americana no exterior.
-A expansão americana para o Oeste, deu-se a partir da repressão e exterminação das raças autóctones, tendo as suas terras sido compradas pelos americanos a colónias europeias sem o seu consentimento. Hoje, os ameríndios “sobreviventes” têm direito a reservas.
-Aproveitando as invasões Napoleónicas de Espanha, em 1811 Congresso dos Estados Unidos aprovou invadir a Flórida (Nessa altura pertença da Espanha), alegando a defesa do seu próprio território e referindo ser uma ocupação provisória. Anos depois compra o território a preço de saldo aos espanhóis.
-O Texas pertencera primeiro à Coroa Espanhola e depois ao México. No entanto era um local de emigração e o congresso Mexicano concedeu 30.000 hectares de terreno gratuito a 300 famílias anglo-saxónicas, estas reintroduziram a escravatura, e o Governo Mexicano autorizou-a como excepção. Mais tarde alguns aventureiros destas famílias fizeram diversas tentativas de independência, sendo apoiados em termos de armamento pelos E.U.A.. Em 1836 essa independência foi alcançada, e não causou nenhuma surpresa a posterior entrada do Texas na União como estado esclavagista.
-Seguiu-se o Anschluss do Novo México e Califórnia (Mexicana na altura). Neste último caso, uma “expedição científica” ocupou por engano o Porto de Monterrey com tropas, que voltaram a embarcar perante a firmeza das autoridades Mexicanas. Mais tarde, as escaramuças entre patrulhas fronteiriças dos dois países serviram de pretexto para declarar uma guerra, e após nova declaração de independência de aventureiros Californianos (República do Urso), a entrada de um novo Estado na União foi óbvia.
Depois de uma ausência para respirar, eis o regresso mais aguardado!
O 11 de Setembro de 1973.
Os "onzes de Setembro" causados pelos Estados Unidos
Um pequeno ensaio sobre o que é o Patriotismo
Hoje passava na Foz do Douro quando vi as operações de salvamento de dois jovens que foram levados pelo mar, pelo que vim a saber o aparato todo (helicóptero, barcos, mergulhadores) foi inconsequente. É um caso em que ninguém tem culpa e que voltará a acontecer milhões de vezes, ao contrário das vidas que jamais se repetirão. Quando alguém pensa na dor de pais que perdem os filhos esquece-se da direita, da esquerda e de todas as zangas sem sentido. Afinal, somos todos uns mimados que não sabem o que é a vida.
O Pedro indicou-me este texto do ex-ministro inglês do ambiente sobre o Iraque, a ler com atenção.
Um artigo de opinião de Noam Chomsky publicado no JN de hoje. Noam Chomsky é um intelectual americano, porfessor no M.I.T., para quem não sabe, é também um dos principais opositores internos à política externa que os Estados Unidos têm desde os tempos em que a Califórnia era uma província mexicana.
Existe por aí um blogue que está a causar polémica por se dizer Muito Mentiroso. Não escrevi qualquer post sobre a Casa Pia, nem vou escrever, mas penso que quem tem uma filosofia Cartesiana deve conhecer todos os pontos de vista, daí a ligação que fiz.
Deu gosto ver a Espanha jogar hoje, é certo que não tiveram grandes opositores, (aquele lado direito dos homens das camisolas vermelhas parecia um coador), mas vi momentos de excelente futebol, só faltaram os golos, três é pouco. Baraja, Joaquin, Tristan deram espectáculo, por cada um deles valia a pena ir a Guimarães.
Agora que os elogios estão feitos, passemos à realidade portuguesa.
Como é possível a equipa que ganhou a taça UEFA com 10 portugueses a titulares ter apenas 4 jogadores convocados?
A nossa selecção deve ser mesmo forte para deixarmos um Ricardo Carvalho e um Paulo Ferreira de fora, deve golear a Itália, a Espanha e com o Cazaquistão nem se fala, menos de 20-0 é derrota!
Mas perder 3-0 não é uma humilhação, humilhação é o dinheiro que ganha um Gaúcho qualquer que veio rir-se à nossa custa!
Decadência é a palavra que eu mais odeio (exceptuando os advérbios acabados em mente, claro!), não a evito dizer, mas evito cair nela. Não sei se consigo ou conseguirei, é algo que talvez nunca chegarei a saber, mas se nunca me aperceber que estive em decadência, então posso morrer descansado.
No entanto, tenho vindo a descobrir.que há decadências bem agradáveis, e a que mais me apraz nesta altura é a da TVI. Não estou a falar da sua decadência em termos de programação, porque uma coisa que está no fundo não consegue decair mais, mas sim em termos de audiência. Depois do asteróide que caiu há três anos chamado Big Brother e da inundação pelo Mar Selvagem de Olhares Angelicais das telenovelas, as pessoas parecem estar cansadas do canal. Portugal está a tornar-se um país culto? Não penso dessa forma, as pessoas estão apenas cansadas do que de pior se fez na televisão. Pode ser que comece a nascer um ciclo de melhor qualidade, mas como todos os ciclos dará a sua volta, e os maus programas regressarão com grandes audiências. Pode esta então ser uma boa altura para ir largando a televisão aos poucos, eu só vejo noticiários e desporto [adormeço todos os dias a ver a (W)NBA, o futebol brasileiro ou a SIC Notícias], estou no bom caminho, ou seja, estou a pensar que não entrei em decadência!
A praia deixou de ter pessoas de um dia para o outro. A luz do dia não é tão quente e morre mais cedo. Os amigos das férias partem e fica no paladar um sentimento de amargura. O fim dos dias grandes aproxima-se, a alegria começa a esbater-se quando nos apercebemos que tudo termina. Setembro é uma folha que se desprende da árvore e parece não mais regressar.