quinta-feira, setembro 16, 2004

Língua

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Talvez este post seja um cliché, mas sinto necessidade de escrever isto. Não apoio esta nova corrente musical que tem tendência a cantar em inglês. A explicação para este multiplicar de grupos e cantores que preferem a língua de Shakespeare (ou melhor, a língua de Edgar Allan Poe) está dividida em dois. A primeira explicação diz que o fazem para obter projecção internacional, mas os únicos músicos portugueses que têm sucesso lá fora cantam na nossa língua e previlegiam a qualidade. A segunda explicação diz que o fazem em contraponto com os músicos da geração anterior que só cantavam em português. Acho bem que exista uma evolução feita de contraste em relação ao que se fazia antes, mas há outras formas de evoluir. Cantar numa nova língua é apenas uma fuga para a diferença e não uma luta criadora.
Para mim, a língua é a alma de um povo e vejo este novo-americanismo não como uma traição à pátria mas como a traição a um povo. Não é por acaso que nos sentimos mais próximos dos Brasileiros que estão a tanto mar daqui do que dos marroquinos que estão a cem quilómetros. É por causa da língua. Eu prefiro sentir-me mais perto de Timor do que de Nova Iorque portanto este blog não se chama pig-spine. O que seria da nossa literatura se tivéssemos um "The Lusiads", um poeta chamado Ferdinand Person ou uma "Balsa de Piedra"?

1 espinhos:

Anonymous Anónimo disse...

Discordo, veementemente. Acredito na liberdade total da criatividade: se os autores querem cantar em inglês, cantem. Não tens nada que os ouvir - se o escolhes fazer, não me parece que tenhas o direito de reclamar da ofensa! Posto isto, por acaso até gosto mais das possibilidades oferecidas pela língua inglesa, em termos sonoros. El_gordo (desculpa l´mas ainda não foi desta que me registei! :-)

9:48 da tarde  

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