Dar o nome Filarmonica Gil a um grupo não será um pouco egocêntrico?
Acho que não, nem uma pontinha de vaidade, aliás todos os grupos vão passar a ter o nome de um elemento. Aqui estão em primeira mão as próximas alterações:
I like Bono and U2
Mick Jagger kicked Rolling Stones
Freddy Mercury Drag Queen
John Lennon's Kitchen is Invaded By Beatles
Dêem Xutos e Pontapés ao Tim sff
Rui Reininho Multado pela GNR
Adolfo Luxúria Canibal ficou com a Mão Morta Depois de ter sido Atropelado Por um Camião
(em actualização)
Eu acho muito provável o Bin Laden e a Al Qaeda fazerem um atentado contra 2 velhotes acamados.
Na próxima sexta-feira será o livro de Pedro Brás Marques "Impressões Digitais" na Biblioteca Municipal José Régio. Trata-se da compilação de alguns textos publicados entre 1998 e 2005 no jornal Terras do Ave. O Pedro foi director deste jornal até há bem pouco tempo e o responsável pela minha participação quinzenal no jornal. Farei todos os possíveis para estar presente.
A primeira visita oficial a um país estrangeiro do Papa Bento XVI começou este fim-de-semana e não está a ter o devido destaque na comunicação social. Então o homem acaba de viajar para Itália, mais propriamente à cidade de ROMA e ninguém diz nada? Cá para mim levou o cão a passear.
No dia 24 de Julho o (ouriço cacheiro) irá comemorar o seu 2º Aniversário. Para assinalar este momento histórico vai-se realizar um jantar em local (ainda) incerto nesse domingo às 20h30 com a presença exclusiva do autor do Blogue. Não, não é um jantar de homenagem vindo de uma vaga de fundo nem o lançamento de uma candidatura presidencial (ainda não fiz 35 senão era). É um jantar de amigos, porque muitos dos que lêem o blogue o são ou poderão vir a ser. É apenas uma forma de tornar mais real a relação entre quem escreve e quem lê, sejam posts sejam comentários, e no fundo de largar um pouco esta atmosfera das letras, dos teclados, dos jpgs e dos docs. Estão todos convidados, só pedia que se inscrevessem com antecedência no jantardoourico@gmail.com. Em função do número de participantes escolherei o local do jantar (Na zona do Porto).
Deixem-nos voltar ao ritual nocturn.o
Deixem-nos regressar ao pó,
viver entre teias de aranha
e improvisar um arquipélago
que se move pela tectónica
de um suspiro.
Deixem-nos
regressar à carne.
A carne das luzes
a carne do palco,
correr pelos corredores
e nunca dormir
para poder sonhar.
Deixem-nos
costurar vidas,
juntando quinze panos
com uma linha de horizonte longínquo
que une todos os pedaços da lua.
Deixem-nos
abraçar.
Porque num abraço condensamos
todos os sentimentos inefáveis
e esquecemos a heteronímia de um grupo
Deixem-nos
ser apenas um ser
disperso pelo universo
mas capaz de unir as mãos
a anos-luz de distância.
E num momento inspirado
GRITAR
expirando a felicidade num só som.
(11/6/2005)
Não sou apreciador do Natal, do Carnaval ou da Páscoa, não gosto das romarias e das festas para emigrantes em Agosto, mas o S. João...
O S. João é o Porto, as fogueiras, a baixa, a ribeira, o rio e a foz. Os balões, o fogo, as pessoas, as idades, as classes, as profissões, as artes, todos fundidos na mesma mole humana. O S. João é ver o sol nascer e tomar o pequeno-almoço antes de se dormir. É a procura incessante por um táxi. O S. João é o que resta da mística portuense, nada ensaiado, nada previsto, apenas a festa. O S. João não é uma festa religiosa, é o solstício, o que nos remete para a nossa essência, o S. joão é tudo o que nasceu connosco nas carvernas transposto para o Século XXI, transposto para a eternidade.
As presidências abertas perderam muito do seu folgor na transição de Soares para Sampaio. Muitos ainda se lembram daquela famosa presidência aberta dedicada ao ambiente que abanou muitas consciências. Hoje pouca importância têm nos media, mas gostaria de abordar a mais recente, sobre a inovação.
Gostei bastante da forma como Jorge Sampaio criticou a banca. Já é hora de incidir sobre o tabu banca. Lucros fantasmagóricos, crescimento acentuado e um contraste gritante com o resto da economia. Não há capital de risco para a inovação, a I&D depende em exclusivo do estado, as empresas vivem à sombra de subsídios, a banca guarda e volta a guardar, os embustes sucedem a embustes. Por exemplo, no norte mais de 80% da população não possui mais do que ensino básico e os investimentos estatais em I&D por habitante são metade dos de Lisboa. Como poderemos ser competitivos desta forma?
E com o Solstício, o S. João.
A maioria absoluta do PP na Galiza pode ter acabado. Pode ser o início do fim do reinado de Manuel Fraga Iribarne, alguém que está próximo de um Alberto João espanhol. Ex-ministro de Franco, dono da galiza, decidiu passar um fim de semana a caçar em Madrid em vez de ajudar os seus conterrâneos a limpar as praias de crude aquando do desaste desprestigiante para a Costa da Morte. Já era altura de Fraga Nunca Mais...
O terceiro lugar de Tiago Monteiro, apesar das circunstâncias, é histórico para o automobilismo português. Voltou a demonstrar que é o melhor dos pilotos da 2ª Divisão (Minardi e Jordan) e foi premiado após o nono Grande Prémio terminado. Talvez agora comece-se a olhar para este piloto com outros olhos, já que conseguiu algo acima de todos os outros. Inclusive um Pedro Lamy que sempre foi beneficiado em termos de patrocínios.
É por todos conhecida a tendência do Presidente da Câmara de Espinho para visitar o Brasil, mas hoje iremos falar sobre os aspectos positivos que tem esta autarquia.
Espinho é das primeiras cidades a ter o seu PDM revisto, após um trabalho coordenado pelo Prof. Dr. Paulo Pinho. O novo Plano pretende a atracção da população ao centro e a contenção na envolvente. Com esta estratégia pretende-se diminuir as distâncias entre casa e trabalho e evitar a dispersão habitacional pondo em causa a qualidade da paisagem e a biodiversidade. Todos os cursos de água que atravessam o concelho foram protegidos por REN e e zona junto ao mar do campo de golfe para sul foi protegida com medidas muito restritivas à construção. Neste PDM registou-se uma evolução de mentalidades exemplar, em 1995 as áreas urbanizáveis eram 56% da área do concelho, hoje ficam-se por 28%. Sendo esta evolução lógica em termos técnicos, é pouco habitual a aprovação política de uma estratégia tão arrojada.
Em câmaras que conhecemos bem, o objectivo é aumentar as áreas urbanizáveis tornando o desenvolvimento insustentável. E apesar de todos os técnicos que conheço defenderem a redução da construção, os políticos e os favores continuam a pretender o aumento.
Quando fui a Madrid já ia com este quadro na cabeça. Das 2 outras vezes que visitei a capital espanhola não tive oportunidade de ir ao Museu de Arte Contemporânea Raínha Sofia (a Serralves lá do sítio) por isso desta não podia falhar. O Guernica era o quadro que mais sonhava ver, de todos os quadros que existem, nem a Mona Lisa me despertou tanta curiosidade (Também já o tenha visto aos 12 anos). Apesar de toda a expectativa o resultado foi surpreendente. Deixou-me de boca aberta a apreciá-lo durante minutos. Nunca pensei que ficaria asism.
No Fórum da Maia, nas próximas 5ª e 6ª feira realiza-se o Fórum Ambiente no Grande Porto, no âmbito do Futuro Sustentável - Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto. É uma boa oportunidade para discutir o desenvolvimento da nossa área metropolitana com especialistas de diversas áreas. Eu lá estarei a apresentar a Agenda 21 Local de Mindelo.
Nunca consegui ter uma opinião formada sobre Álvaro Cunhal. Não sei se hei de prestar homenagem à sua luta anti-fascista e ao modo como renunciou, em prol dos seus ideais, todos os luxos que a vida lhe poderia oferecer. Não sei se hei de falar do seu talento literário e artístico. Não sei se hei de criticar os seus objectivos em transformar o regime português num sistema próximo do Estalinismo.Não sei se hei de censurar por ter responsabilidades na Guerra Civil que estaria prestes a rebentar.
Não vivi nesses tempos, não sei.
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.
Acreditava.
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
A melhor prenda de anos que tive. O perdão total das dívidas de alguns países subdesenvolvidos. Nada mais justo que anular dívidas acumuladas nas últimas décadas depois de séculos e séculos de exploração. Porque o ocidente ainda deve muito a África.
Tenho andado um pouco ausente do Blogue. Primeiro por ausência física (Peça de Teatro e ida a Madrid), depois por ausência psicológica (verificar que este mundo dos blogues tem a importância que tem ao lado de outras coisas). As mais de 140h que partilhei com 15 pessoas ao longo dos últimos meses, acrescidas de dias intermináveis nas últimas semanas relembrou-me que há coisas bem mais importantes que este mundo desesperante a que chamam realidade. Se há coisas da realidade desesperante que até nos fazem rir (como, por exemplo, o absurdo comunicado do PSD/CDS-PP de Mindelo), outras fazem-nos chegar a um estado de desânimo absoluto (regresso das descargas industriais ao Rio Onda ou incêndio na ROM). Por tudo isso, enquanto não estive no blogue pude rir, pude chorar e chegar mais perto da minha essência. Não por causa dos senhores da realidade desesperante, mas por obra de 15 pessoas simples, que merecem muito mais de mim do que um simples artigo neste modesto blogue. Pude fugir da realidade e chegar ao estado supremo de um sonho.
Depois de uma semana de muito trabalho, 2 dias em Madrid para descansar.
É hoje que estreia. Pelo pouco tempo que tenho dado ao blogue, deu para perceber que tem dado imenso trabalho e mesmo assim não tivemos tempo para fazer tudo o que queriamos. Mas, esperando que tudo corra bem convido todos os meus leitores com nome ou anónimos para:
HISTÓRIAS MÍNIMAS de Javier Tomeo
Cinema Venepor na Maia
Às 21h30