Um blogue portugues para
acrescentar a tantos outros. Claro que se julga diferente e por essa razao
e' igual a todos (agradecemos feedback:
ouricocacheiro@gmail.com)
Apenas um ano depois da última representação na cidade do Porto, D. Juan regressa desta vez pela mão de Ricardo Pais. O Clássico de Moliére numa perspectiva mais actual, com uma forma mais contemporânea e de raízes caxineiras. Um Pierrot e uma Carlota nascidos e criados em Vila do Conde e a excelente interpretação de jovens actores dão um perfume diferente a um clássico revisto mais de mil vezes. Uma perspectiva mais arrojada do que a proposta do Teatro do Bolhão no ano passado, mas que talvez pudesse ir ainda um pouco mais longe.
Chernobyl foi há 20 anos, ainda me recordo da notícia, que só foi divulgada, diga-se, dias depois do acidente e quando as radiações chegaram ao mundo ocidental. Mas mais acidentes nucleares existiram sem divulgação. Hoje faço a crítica a um filme mas uma crítica diferente. Stalker (1979) de Андрей Тарковский é o melhor filme que eu vi do realizador russo, ou melhor, Stalker é o melhor filme que já vi. Stalker (Александр Кайдановский) é um homem simples que tem a capacidade de perceber sinais extra-sensoriais e conduzir pessoas num local chamado "Zona" ultrapassando armadilhas invisíveis ao homem comum e levando-as a um local chamado "O Quarto" onde é possível realizar os desejos de felicidade mais escondidos. O filme relata a busca da felicidade de dois homens que pagarão para entrar na "Zona", defendida por um conjunto de militares que a temem. Os seus nomes verdadeiros nunca são relatados, conhecendo-se apenas por Professor (Николай Гринько) e Escritor (Анатолий Солоницын). São todos a sinédoque de 3 diferentes saberes, Stalker o religioso, Professor o científico e Escritor o artístico, entrando em discussões filosóficas à medida que vão entrando na Zona. Stalker consegue ser um filme espiritual e existencial ao mesmo tempo. Para além de uma história rica, em Stalker encontramos os planos mais arrojados, a fotografia mais perfeita, os travellings que são impossíveis. Nunca vi nenhum filme que aliasse tão bem a força das imagens à complexidade do argumento, e 27 anos depois ainda não conseguimos nada semelhante. Um pormenor interessante é que devido a um problema de laboratório teve que ser repetida a rodagem de todo o filme com um orçamento muito mais reduzido, levando a equipa de filmagem de novo à Zona. E o que era a Zona na realidade? Um local onde existiu um acidente nuclear em 1957 e que foi completamente abandonado pelo Homem. Um local lindíssimo mas carregado de radiações. Porque foram lá filmar? Porque o desastre nuclear de Tcheliabinski só foi admitido em 1992. O que aconteceu depois? Toda a equipa foi morrendo de cancro e hoje, nenhum deles está vivo. Por ironia a central de Chernobyl aparece funcionando em pano de fundo no início do filme, adensando toda a magia por detrás desta produção.
Não vou aqui dar demonstrações de pesar por isto ter acontecido. Nem vou falar no que me surpreendeu tão cruel decisão. Há apenas duas ideias que ficam. A primeira é de agradecimento. Nunca pensei ser amigo de 4 personagens da BD, mas pelo menos amigo virtual fui. Já me chamaram afilhado, mas penso que todos somos um pouco filhos do Vilacondense. Trocámos alguns mails de ajuda mútua, discordamos muitas vezes, concordamos ainda mais e apesar de trocarmos palavras sob a forma de textos temos uma relação que ultrapassa o simples respeito. Pode não ser a amizade na mais pura essência, mas pode-se criar uma nova palavra, Bloguizade talvez. Dupont, Dupond e mais tarde Alcazar e Hadock foram grandes blogamigos nestes anos. Talvez voltem como o siX. Também é certo que os 4 andarão por aí e pelo menos no domingo estarei bem perto deles. A segunda palavra é de reacção. Vou ser um reaccionário a esta revolução vilacondense e convido todos os meus blogamigos de Vila do Conde a reagirem da mesma forma. A melhor forma de preencher este vazio é postar cada vez mais e dar um novo empurrão à blogosfera vileira. Conto convosco. Até domingo Vilacondense.
A primeira reportagem em vídeo no blogue chama-se o FCP-FCP. Tudo o que se passou desde a entrada na auto-estrada até à entrada no relvado. A não perder!
Finalmente! Mindelo, Vila do Conde e Póvoa entram hoje na Terra do Google (excepto uma pequena faixa na ROM). O (ouriço cacheiro) sempre em cima do acontecimento. A dúvida fica. Quem terá cortado aquela faixa de terreno? Será que Mário Almeida tem influências mesmo numa empresa como a Google?
P.S.: Devido a motivos de amêndoas a RádiOuriço regressa segunda-feira.
Num dia em que se transmitiu um funeral em directo, nada melhor que recordar o filme proibido no Brasil que Glauber Rocha realizou. O acompanhamento do funeral do seu amigo Di Cavalcante com imagens em directo ao som de samba e de uma voz off que lembra um relato futebolístico.
Em relação aos meus amigos, 2 novas entradas. O Cavadas SAD, o blogue oficial desse clube (recentemente promovido a Sociedade Desportiva) que revolucionou o futebol Riotintense, com estrelas como Jorge Matias ou Nuno Lopes. O Problema de Expressão, de Mafalda Ferreira, quiçá a futura presidente da Câmara de Valongo.
De registar ainda o aguardado regresso de Kafka acompanhado de Duponk ao Antivilacondense.
Lembram-se deste post? Pois, já foi em 2003... É que ontem adicionaram-me no messenger por pensarem que era verdadeiro. Trata-se de alguém que queria ter informações sobre Raves realizadas em cemitérios para um Mestrado em Psicogeografia no Brasil. Aquilo que era um simples post humorístico tornou-se um objecto mórbido de estudo.
Caros leitores, por favor desliguem imediatamente o vosso browser, a televisão e deitem os livros e jornais ao lixo, seus pecadores. E façam imediatamente senão vão para o inferno! Eu como não sou catalóico tenho a sorte de poder fazer estas coisas à vontade, senão por esta hora estaria numa igreja a ler a bíblia. Mas esperem lá, se ler é pecado, ser a bíblia também será. E outra coisa, que site é este? Que jornal é este? E que televisão é esta? Pecadores! Aposto que vão todos para o inferno! Já agora, o que acontecerá a alguém que vai a um Site de uma Televisão ler uma notícia e ver um vídeo ao mesmo tempo? Noutro dia fiz isso e caiu um raio aqui à beira destruindo-me o router e uma placa de rede. Não digam que não vos avisei.
Nas minhas viagens de metro tenho vindo a reparar na utilização deste meio de transporte pelos conhecidos "gunas". Em várias viagens que fiz à noite notei esse sinal de insegurança, unicamente na linha da Póvoa mas nunca fui assaltado. Há pouco uma amiga minha acabou de ser assaltada. Com o aumento de preço não deveria aumentar a segurança? Quando abriram as linhas dentro da cidade do Porto todas as estações tinham dois seguranças e polícias. Agora na linha da Póvoa fazem-se dezenas de quilómetros sem se encontrar um único. É para continuar? Já agora se encontrarem por aí uma carteira e um leitor de mp3 na zona do Lidador falem comigo.
O jogador mais odiado, o jogador mais insultado, o jogador mais assobiado foi o jogador que nos deu o título. É por isso que o futebol é mágico e arrasta tantas paixões.
Há alturas em que sentimos orgulho em pessoas nossas conhecidas. Ontem senti orgulho por ter andado com o Sérgio na escola durante 6 anos. Ontem ele foi o capitão que levantou a Taça de Portugal de Basquetebol e melhor que isso, quando deu a volta de honra ao dragão não se esqueceu de mostrar o seu orgulho tripeiro e cantar uma música bem conhecida dos portistas. Nunca mais me vou esquecer do intervalo do jogo de ontem com o Gil! Desculpem a bola à volta da minha cara mas tirei-a do meu site. A foto data da época 89/90 quando joguei nos minis do Basquetebol do FCP com o Sérgio (camisola azul).