segunda-feira, outubro 11, 2004

Festival



Assisti aos primeiros 3 dias do Festival de Teatro Cómico da Maia e a qualidade parece ter aumentado este último ano. Na 6ª feira, Yves LeBreton apresentou um espectáculo Clown, que revela um grande trabalho e experiência. Não foi contudo inovador, podendo ser considerado um espectáculo médio do género. Seguiram-se os brasileiros da Sbornia Records, já os tinha visto no programa "Por outro lado" na :2 e conseguiram ser ainda melhores do que esperava. Exclentes músicos, excelentes actores e capazes de cativar simpatia com o público todo. Dos melhores espectáculos que vi na minha vida.
Domingo foi a vez da companhia de Macedo de Cavaleiros Peripécia levar a cena "Ibéria", uma história original sobre a História da península. Se não foram superiores aos de domingo pelo menos igualaram-nos. Um pouco à imagem do teatro que o Chapitô faz, a partir de um cenário rudimentar e de adereços simples criaram mundos cómicos de uma imaginação genial. Pelo que li no seu folheto a companhia foi fundada por estes três jovens actores, dois espanhois e um português e se o seu futuro não for brilhante é porque tudo vai mal na nossa cultura.
Ontem o reaparecimento de Leo Bassi (pela quarta vez no festival) na estreia mundial do seu novo espectáculo. Um humor polémico e agressivo, uma grande interacção com o público e uma mensagem muito forte e com uma base filosófica nada superficial, aliás na sua página Leo Bassi é considerado humorista e filósofo. Por ser o primeiro espectáculo notaram-se ainda algumas falhas, como a leitura de 3 folhas de texto quando dialogava com a projecção vídeo. Algo pouco importante mas que não coloca o seu espectáculo no alto patamar dos Sbornia Records e da Peripécia.